quarta-feira, 28 de novembro de 2018

19 ANOS DE AMOR








Minha boneca, minha linda bonequinha, o meu amor é tão forte e enorme que
me impede de dormir, ou melhor prefiro ver-te dormir, e como me delicio ver-te
dormir, nem imaginas, é um prazer fazer o papel de Guardião, tapar-te,
tapar os nossos rebentos, "lindos como a mãe fortes como o pai",
trancar a porta da rua verificar as janelas, fazer um chá e pensar
na vida.
dezanove anos, assim escrito parece uma brincadeira de garotos,
mas, à velocidade que se move a nossa vida, é obra, que se constrói
todos os dias, nem sempre com a paz mais desejada, mas com os
ponteiros do simples respirar...
E desde já meu amor as minhas mais verdadeiras desculpas por nem
sempre estar à altura do nosso amor, sou um vulcão de nervos, uma máquina
que explode muitas vezes, e muitas delas por coisas, insignificantes, mas quero
muito mudar esta realidade para poder ver/sentir/partilhar e desfrutar do teu
sorriso, pois desde o primeiro dia sou loucamente apaixonado por ele, ao
ponto de perder o norte, mesmo quando discutimos, ou estamos amuados
um com outro, sou incapaz de deixar de te amar, " NUNCA DEIXEI DE TE AMAR ",
e talvez por isso a nossa história está a ser escrita, com o passar do tempo, mesmo
quando nos separamos, nunca te deixei de amar, e aprendi muito, com a nossa separação
posso ter ficado, menos puro, mais frio, mas são cicatrizes, tatuadas no meu corpo
meu amor.
E é nu de vergonhas e preconceitos que grito aos quatro ventos AMO-TE, e é
tão bom amar, sinto que sou salvo desta onda de sentimentos repletos de estrume,
( Falsos amigos/ falsos colegas de trabalho/familiares dissimulados/ pessoas tristes que
esbarram na nossa existência, e mesmo sabendo identifica-los, é impossível
não chocar com os mesmos.
Mas, não vou gastar linhas para falar de tristeza, quero muito que saibas que
sou louco por ti, continuo a ser muito frágil ao teu toque, que me arrepia como
só tu sabes, a tua nudez é a paisagem mais bela criação de MULHER, mesmo
depois da maternidade, continuas bela, e olho sim para outras mulheres, mas
não consigo deixar de esboçar um sorriso malandro ao ver que nenhuma se compara
a ti, pelo menos para mim, e isso é que pesa na minha balança, das mais produzidas
as mais espontâneas, ficam todas a uma distância gigante de como eu te vejo meu amor.
E desculpa se por vezes pareço um tarado, mas é muito mais forte que eu a tesão que
me cola a ti como o íman mais poderoso do mundo, e isso desde o dia da discoteca
africana, em que pela primeira vez te beijei, não se alterou, desculpa se é demais, mas
não consigo ser de outra maneira.
Quero muito envelhecer ao teu lado, na alegria e na tristeza, contra más línguas e
invejas, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe,
e mesmo assim sei bem que na outra margem irei ao teu encontro porque sou teu
e quero muito que sejas minha sempre...
O resto reservo para os beijos que te irei dar, hoje, ontem e amanhã que a paz e saúde
esteja sempre na nossa vida e dos nossos filhos, deste teu amante apaixonado
até jazz...

directamente do coração do teu amor.
Pedro Pedreira     



segunda-feira, 26 de novembro de 2018

PARALAXE



O DESCONHECIMENTO DO CONHECIMENTO

Quando olhamos para um cubo, de uma posição fixa, em que o espectador
recusa a viagem, vemos no mínimo uma face desse cubo e no máximo três.
Sem qualquer deformação do cubo e acreditando que é um sólido perfeito,
não é possível, sem que nos desloquemos, ver mais de três faces simultaneamente.
Mas, na verdade, o cubo observado de um ponto fixo não esconde apenas três faces,
mas tudo o que está para lá dele e que a sua silhueta cobre.
Todo o objecto observado arrasta e estende atrás de si uma cauda de desconhecimento,
de mistério, de sombra, de entravamento.
A visão de alguma coisa implica, por necessidade, uma obnubilação concominante e que
é sempre maior do que o próprio corpo observado.
Um objecto a certa distância de um observador oculta um território muito maior
do que ele próprio.
Esta parábola óptica pode ser aplicada ao dilema do conhecimento. 
Qualquer conhecimento gera desconhecimento infinito, com as condições mencionadas.
É claro que a própria capacidade física, os próprios limites do cérebro, confinam
o próprio conhecimento e é difícil aceitar que um órgão finito possa conter em si
todo o conhecimento possível.
Mas neste caso não se fala dessas limitações, mas sim daquelas que são criadas
pelo próprio acto de conhecer.
Antes de saber ler, um livro é apenas um monte de papéis com signos nas suas
folhas encadernadas.
Ao aprender a ler, passamos a ignorar outra coisa que nos escapava antes: o
conteúdo desses livros ( que, não sendo propriamente ilimitado é pelo menos de uma
dimensão inconcebível). Ao aprender a ler passamos a ignorar todo
o conteúdo de todos os livros existentes. O mistério é então parte integrante do próprio
tecido do mundo, mas é um campo em constante mutação.
Ao ser conhecido converte-se num desconhecido maior, criando uma regressão infinita,
um pouco como a linha do horizonte, mas uma linha que se afasta exponencialmente
a cada vez que tentamos encurtar a nossa distância em relação a ela.


Afonso cruz
In JL 

Photo de: Sérgio Godset Godinho



sábado, 17 de novembro de 2018

RÁPIDOS DIÁRIOS PENSAMENTOS



Até que ponto se descora um sentimento?
Quanto se está disposto a por em causa por
uma brisa diferente?
A balança não exclui nada tudo pesa, tudo
conta e tudo é muito para se pensar em voz
alta que não é nada ...
Assumindo posições
de risco, não se é herói,
mas também não se é condenado
pela ordem dos fracos, é penoso
ver sorrisos morrerem, é triste
constatar a desgraça
falo contigo, sempre, em busca, da luz,
caminho para o brilho que ilumina
os nossos caminhos, que
a paz esteja connosco ...

Pepedrópo
18/02/15

No turbilhão de certezas pouco claras,
o saber parece vaguear entre, o que se sente
e a falta do que já se sentiu.
A ondulação tende a aumentar
até mesmo atingir dimensões
impensáveis, mas depois da agitação
virá sempre a calmaria, vamos
vivendo desejando o equilíbrio
presente ...

Pepedrópo
24/03/15

Salvo por uma partícula
de alegria, uma palavra, um
gesto, um filme, uma música, um livro,
uma paisagem.
Tudo se amplifica e se torna deveras
importante quando escasseiam paisagens
verdejantes e brotam cada vez mais desertos,
temos de encontrar a semente do oásis ...

Pepedrópo
04/09/15

Mar que tanto me acalma
mar que tanto azul transportas,
que tamanha paz de ti se retira
e pode emoldurar, num olhar
ou registo longo apreciativo
de desfrutar de uma beleza no
seu estado natural, pouco
importa como está a tua corrente
é sempre bom
ver-te ...

pepedrópo
11/09/15

O tempo avança e não se
adivinha mudança, e essa falta de esperança
é fruta podre em excesso da raiz do medo
medo de uma bomba, medo de acumular
desejos em vão,por vezes as lágrimas são mais que a chuva,
e ninguém está protegido
contra este cair tenebroso,
que teima banir
os sorrisos dos rostos
dos remediados ...

Pepedrópo
23/03/17     

domingo, 11 de novembro de 2018

CRÓNICA



A BESTA DA  UCRÂNIA AO BRASIL

Todos devemos uma vénia aos
Homens e às mulheres
que fizeram o mundo um pouco
melhor.
Que nos fizeram acreditar na
liberdade.
Na democracia
que nos devolveram
a vida...

Adriano Miranda
In
Público 04/11/2018

ENTREVISTA



A esquerda tem mostrado uma maturidade enorme para engolir sapos.
Preocupa-me a confusão entre os conceitos de ditadura e de democracia estamos
a entrar em regimes híbridos.
Não sou grande adepto de carisma, o problema do carisma é que se cria uma grande
desertificação à sua volta, depois só há o líder.
A política económica liderada pelo capital financeiro não está a aumentar o nível de
desenvolvimento em nenhum país.
Por exemplo, a Petrobras era uma grande empresa, claro que houve corrupção,
mas era bom eliminar a corrupção e manter a empresa.
Mas a empresa está a vender ao desbarato praticamente toda a riqueza do Brasil.
-Estamos a assistir a uma mudança de ciclo regional na América latina?
Penso que não é  regional, a tendência parece-me global estamos num
interregno entre duas globalizações, uma começou em 1989,
com a queda do muro de Berlim e veio até ao dia de hoje, que assentou
grandes níveis de rentabilidade para os EUA.
Com a cooperação satélite da Europa, foi a internet dos computadores
pessoais.
Essa fase está a entrar em crise, os computadores e programas são baratos,
os smartphones cada vez custam menos, a rentabilidade desta inovação
caiu. Quando cai termina a fase da globalização e aumenta a rivalidade entre
os países.
Neste momento estamos a ver quem controla a próxima
globalização...

Boaventura de Sousa Santos
IN
Público 04/11/2018



   

terça-feira, 6 de novembro de 2018

O BOM INVERNO




Recomendo a todos os amigos e amantes de leitura, este escritor, que confesso que estive muito reticente em querer ler os seus livros, por motivos pessoais maluquices minhas, em pensar sempre que um nome que antes de ser já o é não merece destaque, pelo menos prioridade, este é um bom exemplo que existe sempre uma excepção à regra, filho de um grande musico português, de apelido muito conhecido por toda a lusofonia, mas um escritor que me surpreende a cada nova leitura pela positiva, e talvez, na minha humilde opinião, a marca mais presente ao ler os seus livros é após arranque, ter muita dificuldade em parar de ler, tal o tamanho envolvimento.
Bom livro, O BOM INVERNO é uma ficção, mas com uma classe que muitos filmes permeados e novelas consagradas não conseguiram atingir, brilhantes descrições de um envolvimento em certos momentos de cortar a respiração até a resolução da acção.
Um pequeno desabafo:
Tenho pena, ou melhor uma pequena tristeza que os mais novos, e todos aqueles que sabem ler mas não o fazem se afastem cada vez mais das palavras escritas, dos livros, em primazia dos aparelhos electrónicos, um telemóvel mesmo com capacidade de fotografar, filmar, gravar e emitir bom som, jamais irá transportar um cérebro para o local onde um bom livro o remete, mas a liberdade é assim mesmo cada qual vive/dorme e morre com as suas escolhas ...


Pepedrópo 
     

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

BRASIL 2018



Manifestação pela democracia no Brasil 2018

" A formiga com raiva
da barata votou
no insecticida e todo
o mundo morreu
inclusive
o grilo que se absteve
do voto ... "

2018

Em plena peça de teatro, vendo a peça " Baixa terapia ", peça brasileira a rodar em portugal, ouvem-se gritos de alegria, e alguém grita alegre com a vitória de Bolsonaro; Com muita classe e sabedoria António Fagundes, respondeu aos foliões, sem ter de o fazer, visto que a peça nada tinha a ver com politica, ou eleições, - Preparem-se para uma das maiores ou se não a maior desgraça governamental do Brasil ...
Estou completamente de acordo, pois jamais será solução combater violência, corrupção, e terror com terror, corrupção, e violência, usando as mesmas armas do caos só se poderá obter caos ao quadrado.
E com o acréscimo dos antecedentes políticos e sociais do anteriormente candidato agora eleito, serrem vergonhosos no que toca a condutas de liberdade e igualdade entre os povos, sejam eles de qualquer sexo ou etnia, quem menciona e elogia torturadores e ditadores como exemplo a seguir nem deveria ter oportunidade de foco ou destaque politico ou outro qualquer, ratos, com todo o respeito pelo animal, merecem ser tratados como tal, no esgoto.
Mas a culpa não é de quem vende e ilude com a sua retórica, a culpa é de quem é ignorante, por vontade própria, e pretende assim permanecer, votando em consciência da sua nula capacidade de interpretação dos acontecimentos, dos factos, temo pelo futuro do Brasil e pelo futuro do mundo pois nos quatro cantos a extrema direita, devagar nos bastidores está a aparecer para dominar, e se a memória falha a alguns, a mim não, sempre que estes pulhas estiveram na frente politica dos países os resultados não passaram despercebidos, morreu gente, pessoas até que ignorantemente tinham votado a favor daqueles que mais tarde se revelaram seus carrascos.
ALERTA dormir deve ser propriedade global, mas dormir de noite sem bombas sem medo, porque é importante sonhar, por isso é importante ter consciência de quem jamais irá ser a favor da nossa liberdade.
Continuo a querer conhecer a Amazónia, espero um dia conseguir, antes que os arranha céus ganhem terreno, um dia irei nadar nas suas águas barrentas e sentir o seu cheiro a chuva a vida, um dia, assim espero.

Pepedrópo
2018