sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Cortes já chegaram aos quadrúpedes

Portanto já sabem: são, no máximo, quatro animais por apartamento. E, atenção, cães, só dois; gatos é que podem ser quatro. Não, não podem ser três chihuahua, nenhum conta por gato, nem chamando Bichana ou Sissi ao terceiro. Enfim, os nossos governantes mostram que não estão desatentos às mudanças da sociedade portuguesa. Ontem havia que controlar as entradas dos estudantes nas universidades. Agora que a juventude se vai embora, a prioridade é o numerus clausus dos animais nos apartamentos. Se isto não é a reforma do Estado, o que é uma reforma do Estado?! Estamos, pois, perante uma legislação pensada e cirúrgica, embora desta vez dedicada só aos pequenos quadrúpedes. As carraças (oito patas) num fox terrier até podem ser 36, mas só conta o cão. Esse fox terrier e um labrador com pulgas (seis patas) também só contam como duas pessoas jurídicas, dois cães, portanto, dentro da norma. Porém, se o Bobi e a Laica tiverem uma ninhada, evidentemente os cachorros têm de sair da sua zona de conforto e emigrar para outro apartamento. As atuais e tão necessárias medidas devem ser consideradas somente as precursoras de um pacote que se estenderá em breve à cabra na banheira do 5.º direito e ao burro na varanda, símbolos da economia subterrânea que tem de ser combatida. Os peixinhos de aquário aguardam outra abordagem porque o direito marítimo, como se sabe, é muito específico. Caso bicudo vai ser com as lagartas: quando virarem borboletas herdam o precedente direito ao apartamento?


Ferreira Fernandes
ao DN

domingo, 23 de fevereiro de 2014

TOMÁS PEDREIRA



Parabéns meu filho, faz hoje seis anos que mudas-te a minha vida para sempre, és a minha força e quero muito estar lá SEMPRE para te proteger, amar, apaparicar, ensinar, aprender, caminhar ao teu lado nesta tua viagem que desejo que seja longa.
Gostava que algures na tua personalidade, que é forte e muito vincada, encontrasses um meio termo mais calmo, isto somente para poderes ser mais feliz, mas és livre de fazer as tuas escolhas eu quero e irei estar estar sempre para ti, meu BAZARUCA, se o meu amor por ti falasse irias perceber como é grande o sentimento que me une a ti ...
Que este dia se repita por muitos e felizes DIVERTE-TE

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A REALIDADE

Existe o “Yes man”. Todos sabem quem é  e o mal que causa. Mas existe o "May be man". E poucos sabem quem é. Menos  ainda sabem o impacto desta espécie na vida nacional. Apresento aqui essa  criatura que todos, no final, reconhecerão como  familiar.
O "May be man" vive do “talvez”. Em  português, dever-se-ia chamar de “talvezeiro”. Devia tomar decisões. Não  toma. Sim­plesmente, toma indecisões. A decisão é um risco. E obriga a  agir. Um “talvez” não tem implicação nenhuma, é um híbrido entre o nada e  o vazio.
A diferença entre o "Yes man" e o "May be  man" não está apenas no “yes”. É que o “may be” é, ao mesmo tempo, um “may  be not”. Enquanto o "Yes man" aposta na bajulação de um chefe, o "May be man"  não aposta em nada nem em ninguém. Enquanto o primeiro suja a língua numa  bota, o outro engraxa tudo que seja bota  superior.
Sem chegar a ser chave para nada, o "May  be man" ocupa lugares chave no Estado. Foi-lhe dito para ser do partido.  Ele aceitou por conveniên­cia. Mas o "May be man" não é exactamente do  partido no Poder. O seu partido é o Poder. Assim, ele veste e despe cores  políticas conforme as marés. Porque o que ele é não vem da alma. Vem da  aparência. A mesma mão que hoje levanta uma bandeira, levantará outra  amanhã. E venderá as duas bandeiras, depois de amanhã. Afinal, a sua  ideolo­gia tem um só nome: o negócio. Como não tem muito para  negociar, como já se vendeu terra e ar, ele vende-se a si mesmo. E  vende-se em parcelas. Cada parcela chama-se “comissão”. Há quem lhe chame  de “luvas”. Os mais pequenos chamam-lhe de “gasosa”. Vivemos uma  na­ção muito gaseificada.
Governar não é, como muitos pensam,  tomar conta dos interesses de uma nação. Governar é, para o "May be Man",  uma oportunidade de negócios. De “business”, como convém hoje, dizer.  Curiosamente, o “talvezeiro” é um veemente crítico da corrupção. Mas  apenas, quando beneficia outros. A que lhe cai no colo é legítima,  patriótica e enqua­dra-se no combate contra a  pobreza.
Afinal, o "May be man" é mais cauteloso  que o andar do camaleão: aguarda pela opi­nião do chefe, mais ainda  pela opinião do chefe do chefe. Sem luz verde vinda dos céus, não há luz  nem verde para ninguém.
O "May be man" entendeu mal a máxima  cristã de “amar o próximo”. Porque ele ama o seguinte. Isto é, ama o  governo e o governante que vêm a seguir. Na senda de comércio de  oportunidades, ele já vendeu a mesma oportunidade ao sul-africano. Depois,  vendeu-a ao portu­guês, ao indiano. E está agora a vender ao chinês,  que ele imagina ser o “próximo”. É por isso que, para a lógica do  “talvezeiro” é trágico que surjam decisões. Porque elas matam o terreno do  eterno adiamento onde prospera o nosso indecidido  personagem.
O "May be man" descobriu uma área mais  rentável que a especulação financeira: a área do não deixar fazer. Ou numa  parábola mais recen­te: o não deixar. Há investimento à vista? Ele  complica até deixar de haver. Há projecto no fundo do túnel? Ele escurece  o final do túnel. Um pedido de uso de terra, ele argumenta que se perdeu a  papelada. Numa palavra, o "May be man" actua como polícia de trânsito  corrup­to: em nome da lei, assalta o  cidadão.
Eis a sua filosofia: a melhor maneira  de fazer política é estar fora da política. Melhor ainda: é ser político  sem política nenhuma. Nessa fluidez se afirma a sua competência: ele sai  dos princípios, esquece o que disse ontem, rasga o juramento do passado. E  a lei e o plano servem, quando confirmam os seus interesses. E os do  chefe. E, à cau­tela, os do chefe do  chefe.
O "May be man" aprendeu a prudência de  não dizer nada, não pensar nada e, sobretudo, não contrariar os poderosos.  Agradar ao dirigen­te: esse é o principal currículo. Afinal, o "May be  man" não tem ideia sobre nada: ele pensa com a cabeça do chefe, fala por  via do discurso do chefe. E assim o nosso amigo se acha apto para tudo.  Podem no­meá-lo para qualquer área: agricultura, pescas, exército,  saúde. Ele está à vontade em tudo, com esse conforto que apenas a  ignorância absoluta pode  conferir.
Apresentei, sem necessidade o "May be  man". Porque todos já sabíamos quem era. O nosso Estado está cheio deles,  do topo à base. Podíamos falar de uma elevada densidade humana. Na  realidade, porém, essa densidade não existe. Porque dentro do "May be man"  não há ninguém. O que significa que estamos pagando salários a fantasmas.  Uma for­tuna bem real paga mensalmente a fantasmas. Nenhum país, mesmo  rico, deitaria assim tanto dinheiro para o  vazio.
O "May be Man" é utilíssimo no país do  talvez e na economia do faz-de-conta. Para um país a sério não serve.


  Mia Couto

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

LUCAS O CÃO PRETO




Ontem, fiquei cilindrado com algo que assisti ...
Entro na minha carrinha para ir ao banco fazer um depósito, e vejo um cão pequeno com o seu dono a passear, logo depois vejo, o LUCAS o cão preto, de um amigo, e digo amigo porque não gosto de dizer conhecido, não sei o seu nome, mas sempre falamos, e quase sempre sobre cães ou musica, é amigo de um amigo meu, que tocou comigo nos UMMADJAM, já assistiu a vários concertos desta banda que tenho muitas saudades, bem já me estou a perder ...
Logo em seguida vejo o LUCAS a correr e iniciar uma luta com o outro cão, nada muito violento, dado ao tamanho dos envolvidos, mas o dono do cão pequeno assustado tentou separar, como pode, usando mais a tática do pontapé, que para mim quando os cão estão pegados não é o mais indicado, eu que tenho a mania de salvar O MUNDO este e o OUTRO, parei a minha carrinha e corri para ajudar, mas em plena corrida vejo o LUCAS A CAIR, quando chego ao pé dele está com a língua de fora a estrebuchar, o meu amigo apareceu entretanto, ficou em panico, desatou a chorar pensando que o cão tinha sido atropelado, eu expliquei o que se tinha passado, e disse que o melhor era ir o mais rápido ao veterinário;
Indiquei o mais perto, e para acalmar os donos em desespero, disse olha que eu ainda estou a sentir o coração do animal, mas estava muito fraquinho ...
Eles voaram para o veterinário eu não aguentei também fui, passados uns minutos apareceu o médico a dizer que o LUCAS tinha morrido, com um ataque cardíaco, fiquei mal muito mal, já para não falar do meu amigo, deixei os donos, porque nestas horas o luto é sempre uma coisa muito pessoal, eles agradeceram-me por tudo ...
O resto do meu dia não consegui esquecer o sucedido, cada vez mais penso que para morrer basta estar vivo, o LUCAS era amigo do meu ZORBA tenho pena do animal, não consigo ser indiferente, sem falar olhei para o ZORBA e disse: Olha meu lindo o LUCAS já foi, ficas-te com menos um amigo; Ele olhou para mim como se falasse e disse: Tenho pena era um bom companheiro ...
Vai com Deus LUCAS o cão preto.


domingo, 16 de fevereiro de 2014

TV RURAL

Foto de capa


TV muito obrigado pelo concerto de ontem, estiveram muito bem como sempre ...
Parabéns pelo disco "balada do coiote" e EP " Barba " só ontem adquiri, desculpem por isso ...
Boas malhas, as minhas, e opiniões já sabem valem o que valem; cá vai :
*Quem me chamou*Aldeia*Se*/*Intro*Olha que bem ...
Mais uma vez obrigado pela boa música;
Eu como admirador ouvinte e amigo digo, tenho saudades dos TV RURAL mais, nem sei bem como vos dizer, mas talvez, a arriscar mais, estilos/tempos/ritmos/ não há que temer tudo o que fazem tem o carimbo que eu mais dou valor na musica e vida, é genuíno, sentido e verdadeiro, o tocam e dizem, venham mais 10 anos cá estaremos para festejar ...
Obrigado e um abraço deste companheiro de  armas MINI MASTER, pedro pedreira para os que me conhecem mal ...
Abraço


sábado, 15 de fevereiro de 2014

SERÁ


"Click & Luto"

Uma relação entre duas pessoas tanto pode terminar por acordo mútuo como pode ser um a tomar a iniciativa, e esse alguém pode ser o homem ou a mulher (estou a falar exclusivamente - neste caso concreto - de relações heterossexuais).
As razões que levam ao fim de uma relação podem ser variegadas, mas as mais comuns são o desgaste da relação e a mudança de parceiro.
Eu argumento que quer num caso como no outro, embora possam existir razões válidas para ambos - homem e mulher - tomarem uma decisão, o que defendo é que no geral podem detectar-se diferenças entre o procedimento do homem e da mulher perante essas situações.
O homem é mais "básico" e "simples" quando toma uma decisão de ruptura e normalmente não existe nada de "transcendente" na sua decisão: "a outra é mais boa e gira" ou "aquela tem mais grana" ou "a minha mulher é uma chata do caraças" e, então, terminam a relação (embora eu acredite que a maior parte das vezes é a mulher a terminar a relação).
Já a mulher é mais "complexa" e "pragmática" quando decide pôr fim a uma relação e esta decisão pode passar por coisas tão diferentes e metafísicas como "ele não me respeita" ou "é insensível" ou "não suporto mais a sua indiferença".
Mas, independentemente das razões que levam ao fim de uma relação, o que se passa a seguir, é que é o busílis da questão.
Mal um homem se vê rejeitado e a sua relação extinta, a sua primeira reacção é encontrar o mais rapidamente possível outra mulher ou várias, tornando-se assim num caçador em busca de uma nova "presa".
Já a mulher costuma ser mais ponderada e geralmente, recolhe-se e faz aquilo que se chama em termos relacionais, de "luto". E para que serve esse "luto"? Serve para esquecer e tirar da cabeça o seu anterior parceiro. E isto mesmo que seja ela a terminar a relação. É como se ficassem ainda vestígios do seu amor pelo antigo companheiro e, precisam de um tempo de reflexão para primeiro o esquecerem de vez e só então estão preparadas para estabelecer novo contacto com um outro parceiro, que geralmente demoram bastante tempo a encontrar.
No caso dos homens, estes ao escolherem o caminho do "vale tudo", tem como consequência, acordarem no dia seguinte com alguém que, ao olharem de manhã para a cara que repousa na almofada ao seu lado, apetece-lhes dizer: "que fui fazer outra vez?" e passam para outra e outra e outra, até que finalmente lá acabam por arranjar alguém para se fixarem.
Já as mulheres podem passar anos sem arriscar meterem-se de novo noutra relação. "Analisam", "pesquisam", "estudam" em pormenor, aquele que poderá vir a ser o seu novo parceiro, evitando assim, a cena do "quem fui meter aqui na cama hoje"...
Se for uma mulher a terminar com o homem e este gostar ainda dela e passados uns tempos ela voltar a querer relacionar-se com ele, ele depressa a aceita de volta sem grandes questões ou problemas.
Já se for um homem a terminar com uma mulher e esta ainda gostar dele e, por alguma razão, o homem passado um tempo resolver voltar à relação só porque, por exemplo, não resultou bem a relação que teve com a nova parceira, a sua antiga companheira pode não ir na "conversa". E, como disse, ela ainda podia gostar dele quando ele terminou com ela...
E isto, tem a ver com aquilo que eu intitulo de "Click & Luto" da parte da mulher.
A mulher a quem o homem termina a relação para por exemplo, passar para outra mulher, tem de passar por um tempo de "luto". Esse "luto" tem dois objectivos: um é esquecer o parceiro e o outro, muito mais esotérico, é o da "transferência".
Em que consiste essa "transferência"?
Muito simples: ficam a "listar" mentalmente tudo o que de mal o companheiro tinha, sendo que para isso, se "esquecem" completamente de ver o lado delas na questão, ou seja, ignoram tudo de mal ou de mau que elas fizeram na relação e concentram-se afincadamente em "desflorar" todo o mal do seu antigo amante: "ele era um porco" ou "ele tratou-me como um cão" ou "deixou-me por aquela cadela"...
E, depois desse período de luto, dá-se o famoso e já mítico "click".
O que é o "click"?
O "click" é o ponto final parágrafo na existência do "outro". Ele - o antigo parceiro - torna-se invisível; inexistente; vácuo masculino...
Depois do "click" não há retorno. Não sei se é uma questão de orgulho ou de se mentalizarem que o "outro" é "mau" ou se é, e é nisto que eu acredito que aconteça mais, um "desligar"... Um "off" mental semelhante ao de uma lavagem cerebral, de quem não se lembra mais de quem é o outro.
O antigo parceiro, a quem não correu bem a sua nova relação e que julga vai regressar para os braços daquela que sempre o amou, apanha com um "muro" de "indiferença" tal, que é como se fossemos "fulminados" por uma mina de desprezo.
Ao contrário da mulher, o homem não tem "click & luto", mas sim uma coisa mais parecida com "estratagemas & técnicas". "Estratagemas", são por exemplo, ir para a cama com a melhor amiga da antiga parceira e as "técnicas" podem ser, por exemplo, irem para a cama com tudo o que mexa e tenha saias...
Como conclusão deste meu raciocínio, diria que, a mulher "esquece" mas não "perdoa", enquanto o homem "perdoa" mas não "esquece".
@[1157367950:2048:Vítor Rua], 2014
"Click & Luto"

Uma relação entre duas pessoas tanto pode terminar por acordo mútuo como pode ser um a tomar a iniciativa, e esse alguém pode ser o homem ou a mulher (estou a falar exclusivamente - neste caso concreto - de relações heterossexuais).
As razões que levam ao fim de uma relação podem ser variegadas, mas as mais comuns são o desgaste da relação e a mudança de parceiro.
Eu argumento que quer num caso como no outro, embora possam existir razões válidas para ambos - homem e mulher - tomarem uma decisão, o que defendo é que no geral podem detectar-se diferenças entre o procedimento do homem e da mulher perante essas situações.
O homem é mais "básico" e "simples" quando toma uma decisão de ruptura e normalmente não existe nada de "transcendente" na sua decisão: "a outra é mais boa e gira" ou "aquela tem mais grana" ou "a minha mulher é uma chata do caraças" e, então, terminam a relação (embora eu acredite que a maior parte das vezes é a mulher a terminar a relação).
Já a mulher é mais "complexa" e "pragmática" quando decide pôr fim a uma relação e esta decisão pode passar por coisas tão diferentes e metafísicas como "ele não me respeita" ou "é insensível" ou "não suporto mais a sua indiferença".
Mas, independentemente das razões que levam ao fim de uma relação, o que se passa a seguir, é que é o busílis da questão.
Mal um homem se vê rejeitado e a sua relação extinta, a sua primeira reacção é encontrar o mais rapidamente possível outra mulher ou várias, tornando-se assim num caçador em busca de uma nova "presa".
Já a mulher costuma ser mais ponderada e geralmente, recolhe-se e faz aquilo que se chama em termos relacionais, de "luto". E para que serve esse "luto"? Serve para esquecer e tirar da cabeça o seu anterior parceiro. E isto mesmo que seja ela a terminar a relação. É como se ficassem ainda vestígios do seu amor pelo antigo companheiro e, precisam de um tempo de reflexão para primeiro o esquecerem de vez e só então estão preparadas para estabelecer novo contacto com um outro parceiro, que geralmente demoram bastante tempo a encontrar.
No caso dos homens, estes ao escolherem o caminho do "vale tudo", tem como consequência, acordarem no dia seguinte com alguém que, ao olharem de manhã para a cara que repousa na almofada ao seu lado, apetece-lhes dizer: "que fui fazer outra vez?" e passam para outra e outra e outra, até que finalmente lá acabam por arranjar alguém para se fixarem.
Já as mulheres podem passar anos sem arriscar meterem-se de novo noutra relação. "Analisam", "pesquisam", "estudam" em pormenor, aquele que poderá vir a ser o seu novo parceiro, evitando assim, a cena do "quem fui meter aqui na cama hoje"...
Se for uma mulher a terminar com o homem e este gostar ainda dela e passados uns tempos ela voltar a querer relacionar-se com ele, ele depressa a aceita de volta sem grandes questões ou problemas.
Já se for um homem a terminar com uma mulher e esta ainda gostar dele e, por alguma razão, o homem passado um tempo resolver voltar à relação só porque, por exemplo, não resultou bem a relação que teve com a nova parceira, a sua antiga companheira pode não ir na "conversa". E, como disse, ela ainda podia gostar dele quando ele terminou com ela...
E isto, tem a ver com aquilo que eu intitulo de "Click & Luto" da parte da mulher.
A mulher a quem o homem termina a relação para por exemplo, passar para outra mulher, tem de passar por um tempo de "luto". Esse "luto" tem dois objectivos: um é esquecer o parceiro e o outro, muito mais esotérico, é o da "transferência".
Em que consiste essa "transferência"?
Muito simples: ficam a "listar" mentalmente tudo o que de mal o companheiro tinha, sendo que para isso, se "esquecem" completamente de ver o lado delas na questão, ou seja, ignoram tudo de mal ou de mau que elas fizeram na relação e concentram-se afincadamente em "desflorar" todo o mal do seu antigo amante: "ele era um porco" ou "ele tratou-me como um cão" ou "deixou-me por aquela cadela"...
E, depois desse período de luto, dá-se o famoso e já mítico "click".
O que é o "click"?
O "click" é o ponto final parágrafo na existência do "outro". Ele - o antigo parceiro - torna-se invisível; inexistente; vácuo masculino...
Depois do "click" não há retorno. Não sei se é uma questão de orgulho ou de se mentalizarem que o "outro" é "mau" ou se é, e é nisto que eu acredito que aconteça mais, um "desligar"... Um "off" mental semelhante ao de uma lavagem cerebral, de quem não se lembra mais de quem é o outro.
O antigo parceiro, a quem não correu bem a sua nova relação e que julga vai regressar para os braços daquela que sempre o amou, apanha com um "muro" de "indiferença" tal, que é como se fossemos "fulminados" por uma mina de desprezo.
Ao contrário da mulher, o homem não tem "click & luto", mas sim uma coisa mais parecida com "estratagemas & técnicas". "Estratagemas", são por exemplo, ir para a cama com a melhor amiga da antiga parceira e as "técnicas" podem ser, por exemplo, irem para a cama com tudo o que mexa e tenha saias...
Como conclusão deste meu raciocínio, diria que, a mulher "esquece" mas não "perdoa", enquanto o homem "perdoa" mas não "esquece".
Vítor Rua, 2014

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

NAMORAR SEMPRE



Nem sempre digo a mais bonita palavra, no momento certo, por vezes falo de menos, com preocupações a mais, fruto de uma cabeça repleta de vida, assuntos, compromissos, o espelho do Homem dos sete instrumentos aliado as funções da paternidade, que adoro e não deixo que mais ninguém o faça por mim ...
Bem minha bonequinha, já sabes que para mim " DIA DOS NAMORADOS " é e deve ser todos os dias, adoro ser teu namorado, desde o primeiro dia que te perguntei, queres namorar comigo, até hoje, e muita água já correu neste rio, mas o AMOR só aumentou, e hoje tenho aquilo com que sempre sonhei, UMA FAMÍLIA LINDA, A MULHER MAIS LINDA DO MUNDO, FILHOS LINDOS COMO A MÃE E FORTES COMO O PAI ...
Estás sempre a dizer que eu não digo, tantas vezes como gostavas o quanto eu ti amo, e o que gosto em ti ora cá vai:
Em primeiro lugar, com destaque, AMO-TE com todas as letras, e o que sinto é tão forte e seguro, que perco a voz para falar dele, todos os dias acordo e agradeço a DEUS por ter te encontrado nesta vida, olho para ti na cama, na nossa cama, e lembro-me que a nossa primeira cama partimos na brincadeira de amor bom transpirado gostoso, adoro ver-te dormir, imagino magias loucas de poder te beijar sem te acordar, enfim sou um pouco louco eu sei, mas sou louco por ti.
Morro de tesão por ti BONEQUINHA, desmaio em febre altíssima só de imaginar que algum galifão olhe para ti com olhos de lobo mau para te comer, choro como uma criança quando não consigo te fazer feliz, a tua felicidade é para mim uma luz a seguir.
Não digo nada, mas amo o teu fogo na guelra, não me importo que sejas assim MANDONA leoa brava, eu sei que no fundo és assim por que és frágil e delicada, sei bem que por vezes digo demasiado, coisas para melhorares, sejam elas no comportamento ou em acções, não o faço por mal, quero muito que sejas perfeita, mesmo sabendo que isso não existe, A PERFEIÇÃO, e sendo eu, como todos, IMPERFEITO, mas, são sonhos de um marido feliz ...
Adoro quando cuidas de mim com mimos, e coisas que sabes que são importantes para mim, tenho ORGASMOS MÚLTIPLOS com o teu toque, seja uma mão na mão no carro, uma caricia no corpo, só tu sabes como eu GOSTO MUITO ...
Dou muito valor ao facto de respeitares as minhas ARTES, mesmo retirando tempo para ti e os filhos, sabes como isso é fundamental para a minha vida, DEVIAS mais vezes dar largas as tuas ARTES pois a arte transborda nas tuas veias, seja ela pinturas faciais, pintura, peças com aproveitamento de materiais, organiza-te amor, e bora, mãos a OBRA ...
E por ultimo gostava de concretizar o nosso sonho de casal, e dar-te mais um filho, vamos ver minha vida como as coisas correm ...
Eu acredito que na vida nada é por acaso por isso seja o que DEUS  quiser, obrigado por me amares e aturares quero muito palmear esta viagem ao teu lado ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE ...
BEIJO BOM

UM COMPROMISSO COM A VERDADE

" O HOMEM DE CONSTANTINOPLA"  " UM MILIONÁRIO EM LISBOA "
José Rodrigues dos Santos

Eu escrevo os livros que gostaria de ler e que refletem os meus interesses e a minha maneira de ver o mundo.
Ouvi uma vez um inglês dizer que Portugal tinha uma história extraordinária mas poucos escritores para a contar, e tinha razão, lemos os nossos escritores e descobrimos que há episódios fantásticos que não estão a ser contados.
Vejo povos com histórias muito menos ricas a fazer grandes romances à volta delas. Achei que isso nos faltava, no fundo escrevo os romances que gostaria de ler mas não encontro no mercado.
Quando, porém, lidamos com a verdade rapidamente percebemos que ela se impõe. É como perguntar o que é a pornografia e quais os seus limites; Eu não sei definir, mas quando vejo sei o que é.
Com a verdade passa-se o mesmo, posso não conseguir definir a verdade, mas quando a vejo reconheço-a há portanto muitos efeitos de verdade.
São juízos muito subjetivos, esses, o que é uma pintura boa e uma pintura má ? e um romance duas pessoas têm opiniões diferentes e cada uma é verdadeira em relação a quem a emite.
Se as pessoas vão gastar dinheiro num livro têm de ter a garantia que vão gostar de ler...

José Rodrigues dos Santos
ao JL

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

RAIOS DE SOL



O medo é um rio que se atravessa molhado.

Mia Couto


A importância que tem a voz do coração?
quem a quantifica, ou classifica?
Que poderes transporta
para a vida animal?
Força superior que comanda vontade
inscreve no mapa geral, o sentimento
infinito de felicidade,
é lá que devemos
ESTAR ...

Pepedrópo

sábado, 1 de fevereiro de 2014