A VAIDADE NA PASSAGEM

Ver sorrisos falsos a fluir sem determinação,
na tentativa de evoluir para um estágio
de igualdade de direito ao brilho,
mas nem tudo que nasce brilha, ou escala,
é necessário uma vontade própria de
construir, tentar imprimir nas almas,
um desejo de partilha, nos corações o
esquentador, perfeito do individuo que
sabe estar em multidão e jamais se sente
só na solidão porque todos os seus minutos
de vida são gastos para ganhar o dia, o
" Bom dia alegria " ...

Pepedrópo

O MECÂNICO E A SUA GATA

O MECÂNICO E A SUA  GATA

Repletos de cumplicidade, J o mecânico, como gosta
de ser chamado, adora de morte a sua gata,

gosta tanto dela que lhe deu o nome de uma actriz/cantora
que gosta muito " Marisa ",

pois Marisa é uma gata mimada, gorda de tanto afecto
do seu dono; J solteiro e bom rapaz vinga-se na gata
quando tarda a aparecer

namorada nova ...

Certo dia vindo da noite, J, ainda com musica alta
na cabeça, vê,
" Jonas " gato super gordo

do vizinho, Arlindo, à janela de J, pois Marisa estava
com o cio, e Jonas como gato vizinho foi o primeiro
a lançar o charme ...

Irritado com este facto estava Carlos, mais conhecido
como Montanelas, lá para os lados do sol da manhã ,

terra do afamado Sr Zé, que até as 10 da manhã
só tem um catarro, e nunca foi fumador, e quando
se metem com ele , devido a sua tosse,
ele responde :

- Lá para as 10 horas isto passa.

Coisas da vida, mas voltando à história, Carlos ficou fulo
porque queria cruzar o seu gato,Luisão, gato atlético
jovem cheio de importância
própria da juventude ,com Marisa , mas J não
queria crias, alias para ele Marisa iria morrer virgem,
para estar mais focada

nos carinhos para com o seu dono.

J não gosta, de ver Jonas à sua janela, e não vai de modas,
pontapeou Jonas como se de um golo se trata-se, Jonas
foi projectado, todo fodido, não para a baliza, mas para

o caralho mais velho ...

O Mestre Arlindo nem sonha com este facto, pois é
homem que pensa sempre três vezes antes de agir,
mas à terceira não brinca, estica o guardanapo
a quem tenta lhe por a pata por cima, é assim mesmo,

to com ele, mas o que é isto, a republica das
bananas ou quê ...

J todo imponente entrou nos seus aposentos
como um Rei, e qual não é o seu espanto, Marisa ataco-o
como se não existisse amanhã
e foi a desgraça de J, ficou em fanicos com a mão
feita num oito ...

Quem se ficou a rir , duplamente foi Luisão,
pois seu rival gordo tinha sido projectado para
quase o infinito,

e sua amada Marisa, dava provas que era uma fera,
gata que tem pelo na venta, não sei se
me faço compreender, mas há muitas fêmeas assim,
até se usa muito a expressão,

" Esta tem-nos no sitio ", ninguém brinca com aquela dama.

Moral da História nunca interrompas um romance ao pontapé,
pois a pancada ou o gesto pode virar-se contra ti...

Sejam felizes 

escrito por

Pedro. Mais conhecido como o " barrigas de calções " ... 

     

Dulce Maria Cardoso

A nossa identidade é muito fluída.
Não sabemos quem somos
e é o olhar do outros que a confere.
Não me interessam muito as
coisas espectaculares, nem
extraordinárias, nem grandiosas.
Todo o meu trabalho se faz
dentro da intimidade,
debaixo da capa da normalidade escondem-se
coisas terríveis, essa é a grande armadilha.
O telemóvel tornou-se outro cérebro e coração,
temos nele a nossa vida. na verdade a mudança está caótica, e quem ordena
no caos?
Como estamos distraídos as forças do mal estão
a tirar partido disso.
Pela primeira vez na história mundial temos presidentes eleitos
à revelia de partidos e da comunicação social.
A Internet é um instrumento não um fim, revolucionou as
nossas vidas, tal como no passado a electricidade.
Vivemos tempos de demência social, e a solidão
é a palavra de ordem, e não é só por causa do telemóvel,
perdemos a noção do colectivo, a experiência é cada vez
mais individualizada, só vemos filmes no computador
pessoal, e ouvimos musica nos ocultadores/ auriculares,
estamos sempre em vários lugares ao mesmo tempo
e na verdade não estamos em nenhum...

Dulce Maria Cardoso
JL