quarta-feira, 30 de julho de 2014

POIS ...

"Quando te deres conta de que para produzir necessitas obter a autorização de quem nada produz, quando te deres conta de que o dinheiro flui para o bolso daqueles que traficam não com bens, mas com favores, quando te deres conta de que muitos na tua sociedade enriquecem graças ao suborno e influências, e não ao seu trabalho, e que as leis do teu país não te protegem a ti, mas protegem-nos a eles contra ti, quando enfim descubras ainda que a corrupção é recompensada e a honradez se converte num auto-sacrificio, poderás afirmar, taxativamente, sem temor a equivocar-te, que a tua sociedade está condenada. “


AYN RAND (1950)

domingo, 6 de julho de 2014

O SAL DA TERRA

Uma série de estudos prospetivos recentes, contendo a melhor qualidade da metodologia académica que está hoje à nossa disposição, aponta unanimemente para uma conclusão:
O rumo da nossa civilização, se não for radicalmente invertido, levará a um colapso mundial nas próximas  ... décadas .
Isto significa que muitos leitores desta crónica ainda cá estarão à superfície do orbe para assistir ao grande espectáculo da implosão ( se calhar acompanhada por explosão ) da aventura multimilenar da espécie humana .
Ainda será possível evitar o pior?
Sim, no plano meramente teórico. O problema é que a única instituição que estaria em condições para liderar a mudança radical necessária chama-se política. E, infelizmente, mesmo nos países democráticos, a política tornou-se um dos locais mais mal frequentados do mundo. Basta olhar para o mau ambiente, e péssimo nível intelectual, das reuniões do conselho europeu, onde se reúne gente impotente para resolver uma crise com cinco anos, e que, em comparação com a crise ambiental global , tem soluções simples e elementares, testadas nos últimos 230 anos de experiência federais pelo mundo fora.
O modo fútil e leviano como a união Europeia, arrastando uns EUA distraídos, atearam um conflito com a Rússia, desprezando a integridade territorial da ucrânia e a felicidade básica do seu povo, mostra bem como o relógio da crise central não só não pagará, como tenderá a ser acelerado.
É claro que restará sempre a possibilidade do milagre.
Resta-nos trabalhar para o poder merecer .


Viriato Soromanho Marques
JL