quinta-feira, 13 de julho de 2023

CONTENTOR 1723

 




Primeira obra do escritor

e começo por este ponto porque, está tão brilhante,

que fácil é duvidar de que da primeira obra se trata.

Este contentor está repleto de sumo, importante para 

melhor respirar, viver, recordar, aconselho a todos os amantes 

de leituras a ler o primeiro filho literário de Fernando Fialho.

A história, a mim, levou-me à terra onde nasci, Angola, 

mais propriamente à sua capital, onde abri os olhos pela 

primeira vez, Luanda.

Senti de novo os cheiros, a azáfama, que é o trânsito na cidade,

a genuína boa gente da terra, os esquemas, os novos escravos, 

de todo e qualquer negócio.

Brilhante, li devagar para melhor mastigar as palavras, as imagens,

os enredos, fui de forma duplamente satisfatória, uma vez que o 

Fernando Fialho, é meu amigo, Nando para os amigos, lendo maravilhado

e com um sorriso de orgulho de quem lê obra de um amigo com vaidade ( é meu

amigo ).

As palavras que de forma sempre insuficientes que aqui deixo, 

são somente de mérito do escritor, e assim é que gosto, tento sempre dizer

a verdade aos amigos, parabéns 

Nando.

Aguardo pela próxima obra com muita espectativa,

PARÁBENS

 

CALMA AINDA NÃO VISTE NADA ...

 




Aqui espero vejo, entre sorrisos e óculos 

De sol e de ver, e quem vê?

De verdade, o movimento a alegria,

Quem corrige a tristeza? De não ser invisual e nada ler ...


Nas caras, nos gestos, nas carícias ou falta delas,

Nas tattoos ou penteados ou cores de cabelo

Natural ou pintado o importante é não parecer peruca, um novelo

Cores impossíveis do natural pelo, pouco importa nesta cultura Chan, de novelas ...


Histórias cada vez mais cansadas, sem o novo,

O brilho de outros tempos espontâneos

Ricos em recriar a vida, as vidas, crânios

A trabalhar para nos emocionar, alegrar o povo ...


E apanhado foi o povo nesta teia

De actores e vidas a fingir

Modelos a tentar representar a ultima ceia

E será falso dizer bravo, é estar a mentir ...


Pepedrópo

2023