quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Poema de Natal

Poema de Natal

Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

domingo, 22 de dezembro de 2013

TRIBUTO ( E EXPIAÇÃO ) DE ANÍBAL PEDREIRA

MANUEL SEBASTIÃO PEDREIRA
UM SÉCULO E A SUA HISTÓRIA
tributo ( e expiação ) de ANÍBAL PEDREIRA


É com imenso orgulho que partilho, e presencio, mais um objectivo alcançado pelo meu pai, no passado dia 14 de Dezembro 2013, se fosse vivo, o meu falecido avó MANUEL SEBASTIÃO PEDREIRA, faria 100 anos, em homenagem/comemoração, e para gozar em  pleno o seu primeiro tempo de reforma, ANÍBAL PEDREIRA, meu pai, decidiu escrever um livro para agradecer tudo o que seu falecido pai lhe ofereceu, ou melhor sua experiência de vida seus ensinamentos e afectos ...
Sem nenhum registo escrito ou deixado pelo próprio ou por outrem, recorrendo somente a sua memória, escreveu um livro, para mim que sou suspeito brilhante, ou melhor lido por familiares que privaram e conheceram o protagonista do livro, é uma narrativa brilhante, para um leitor comum é um livro meio romance meio documental à altura de muitos que se destacam nas livrarias ...
Para mim filho, o que vem a memória dizer é :
Não existem manuais de educação, cada pai no seu prefeito juízo faz o seu melhor para educar os seus filhos, mas a meu ver a mensagem mais importante que um pai pode passar a um filho é o exemplo, dando sem palavras, somente com atitudes opiniões, posturas, valores,condutas e formas de estar na vida, elementos que fazem de uma cria um adulto com vontade de ser melhor ser Humano, Aníbal Pedreira, está longe de ser um ser perfeito, ao longo da sua vida de certo já seguiu por caminhos que o obrigaram a reflectir e retomar viagem por outros trilhos, mas herdou do seu pai, para mim a MÁXIMA, SÓ ATRAVÉS DO TRABALHO O INDIVÍDUO OBTÉM A VERDADEIRA E ELEVADA DIGNIDADE, e a profundidade e abrangência desta frase são infinitas, sem palavras esta forma de estar na vida tem passado de geração em geração, eu PEDRO PEDREIRA, já a recebi, espero um dia conseguir passar o testemunho aos meus filhos ...
No dia 14 de DEZEMBRO de 2014 este livro foi entregue aos familiares e amigos, que estiveram presentes no evento organizado pelos meus pais ANÍBAL E TERESA DO MENINO JESUS, no qual primos e tios sobrinhos e netos mataram saudades, riram e choraram recordando histórias, com um final musical que juntou gerações de músicos todos com o mesmo selo PEDREIRA ...
Termino com algumas passagens do livro:
Em contrapartida, como que para compensar, muitos e muitos doentes ali, mas também noutras vilas e cidades, no decurso da sua actividade médica, mesmo depois, já duplamente aposentado ( primeiro, da função pública, em Angola; depois, das caixas de previdência, em Portugal, onde - por recurso, capacidade e especial mérito - continuou com sucesso mais algum tempo a exercer, até aos 75 anos limite máximo permitido por lei ).
Está o autor convicto de que, pelo menos nesta vertente, a profissional, # o médico#, Manuel S. Pedreira partiu feliz .
Era um bom homem, em toda a verdadeira acepção das palavras...
Fim

Pepedrópo

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

NELSON MANDELA 1918-2013

MADIBA

" Da experiência de uma extra ordinária tragédia humana que durou tempo demais deve nascer uma sociedade de que toda humanidade tenha orgulho.

FREE MANDELA

Se um homem lutar está mais próximo de ser respeitado do que se capitular, ser livre não é apenas libertarmo-nos das nossas correntes, mas viver de uma forma que respeita e encoraja a liberdade dos outros.
A maior glória de viver não está em nunca cair, mas em nos erguemos de cada vez que caímos.
Não me julguem pelos meus êxitos, julguem-me pela quantidade de vezes que caí e voltei a erguer-me.
A educação é a arma mais poderosa que podemos escolher para mudar o MUNDO.
Não há um caminho fácil para a liberdade e muitos de nós teremos de passar várias vezes pelo vale da sombra da morte antes de atingirmos o topo da montanha dos nossos desejos. "

Foi preso quando a filha tinha 4 anos e só saiu quando já era avó. Passou 10 mil dias numa cela tão pequena que nem conseguia abrir os braços, mas nunca se quis vingar de ninguém ...

FREE MANDELA

*Voa espírito bom, alma única de bondade e superioridade, teu corpo parte hoje, mas teu exemplo permanecerá sempre vivo nas almas de quem caminha em busca do BEM, o MUNDO chora a tua partida, mas a humanidade agradece teus ensinamentos, fazer o bem é por vezes a maior dificuldade para individuo em geral, tu MANDIBA  deste sempre a outra face, mesmo quando a tentação do poder poderia turvar tuas ideias, apostas-te sempre no FUTURO na igualdade, obrigado pela tua dedicação, empenho prova de FORÇA  e AMOR pelo bem estar de todos o respirar de uma NAÇÃO ...
VAI COM DEUS ...*

Pepedrópo



domingo, 15 de dezembro de 2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

CRISÓSTOMO

Procuro sempre gente que me faça sentir essa
vontade de ser melhor pessoa.
Apenas a partir dos outros
nos podemos realizar, nos podemos justificar.
nunca passo
sem essa evidência ...



Valter Hugo Mãe
JL

MAU SINAL

Em julho deste ano, o conselho da União Europeia para o Ambiente ( que reúne os 28 ministros do Ambiente da UE ) chegou a acordo, depois de penosas e prolongadas negociações legislativas com o parlamento Europeu, no domínio da limitação das emissões de dióxido de carbono dos automóveis em circulação: a partir de 2020 deverá ser de 95 gramas de CO2 por quilómetro percorrido.
Ora, em outubro, o governo alemão, com o apoio do Reino Unido, exigiu adiar a entrada em vigor dessa limitação para 2024.
Esta mudança já seria má em si mesma, pois significa, mais uma vez, o recuo das preocupações ambientais que domina as políticas publicas em muitos países, incluindo a Europa. O problema é que veio a saber-se que, 15 dias depois da vitória eleitoral da CDU/CSU, a empresa de autómeis alemã BMW deu ao partido de Merkel um donativo de 690mil euros. A proximidade dois eventos não pode deixar de gerar a suspeita de que também na Alemanha, as " leis se compra e vendem " na praça pública ...

Viriato Soromenho Marques
JL  

sábado, 30 de novembro de 2013

14 ANOS DE AMOR

Bonequinha linda...

sábado, 23 de novembro de 2013



Ninguém tira o pleno prazer
de ser feliz,
e quando se é todo
o ser é luz e isso
incomoda,
mas superior é
quem procura diariamente
o sabor quase inexplicável
que nasce em parte incerta
e se dissipa na linha
imaginária de um arco-iris ...


Pepedrópo
2013

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

ADEUS SHIFU 11/2013


SHIFU estava já a algum tempo a combater, mas assim o destino quis e ele não aguentou nestes dias em que o frio apertou, foi o ultimo guerreiro das carapaças aqui em casa, gostava que tivessem vivido 200 anos mas foi bom enquanto cá estiveram ...
Por ironia, ou coincidência, no dia em que ele morreu o Tomás na escola fez este trabalho, NÃO EXISTEM COINCIDÊNCIAS...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

ZÉ DA GUINÉ 1959-2013

Morreu Zé da Guiné, figura marcante da noite e da cultura de Lisboa

Há dois anos, o guineense que vivia em Lisboa desde a década de 1970 e que "deu a noite à cidade" foi homenageado com um filme.

Zé da Guiné, figura marcante da vida noturna e cultural de Lisboa, morreu hoje em Lisboa, cidade para onde se mudou na década de 1970, noticia hoje a Agência Lusa, citando fonte da embaixada da Guiné-Bissau em Portugal.
De acordo com o segundo secretário da embaixada, Bacar Sanhá, Zé da Guiné faleceu "hoje no Hospital de São José, onde estava internado há algum tempo".
O corpo de Zé da Guiné deverá ser trasladado para o país onde nasceu, já que "o desejo dele sempre foi ser sepultado na Guiné-Bissau".
Zé da Guiné sofria há mais de dez anos de esclerose lateral amiotrófica, doença neurodegenerativa progressiva e fatal.
Há dois anos foi exibido pela primeira vez, em Lisboa, o documentário Zé da Guiné - Crónica dum Africano em Lisboa, sobre a vida de uma "figura emblemática" da capital.
O documentário de José Manuel Lopes, que pretendeu homenagear o homem que "deu a noite à cidade", tinha na sinopse a seguinte frase: "Antes do Zé da Guiné as noites eram escuras, frias e metiam medo".
"Ele acabou por liderar a mudança de costumes, da noite, de Lisboa", resume José Manuel Lopes, e acabou por transformar-se "num perfeito lisboeta".


LUSA

sábado, 2 de novembro de 2013

http://anoxiado.blogspot.pt/search?q=sonho


I Have a Dream...
04/10/2012

 Sonho com o dia em que terei de explicar, como se vivia no tempo em que o engano reinava e a mentira e propaganda regiam o mundo.


 Sonho ter de justificar uma altura, em que matávamos e morríamos por ideias ou conceitos, fraudes e ilusões das mentiras proclamadas por supostos lideres, os mesmos a quem confiávamos que procurassem soluções construtivas de paz e harmonia, para as nações, raças ou credos.


 Imagino-me a tentar demonstrar a uma criança, como nesse tempo funcionava a nossa mente, quando questionado: porque permitíamos serem os corruptos os que nos explicavam o caminho para fora de recessões originadas pela corrupção e porque o tolerávamos?
 Irei certamente tentar explicar que era através de manobras de manipulação mental. Falarei da ilusão que nos davam de ser extrema a complexidade dos assuntos. Que nos faziam desistir de perceber as matérias essenciais, que nos forçavam a crer que o conhecimento necessário para entender sistemas económicos e de taxação era por demais profundo e apenas para especialistas. Que complicavam tanto com jargão, advogados e contabilidades, que naturalmente desistíamos por fim de tentar perceber, e em consequência, acabávamos por achar que tínhamos de os mandatar para liderarem a criação de uma melhor sociedade. Obviamente que o: mas como eles o faziam? surgirá, e terei então de falar do apoio dos monopólios e meios de comunicação que geralmente pertenciam aos mesmos, enfim... Terei muito que explicar!

 Terei de a relembrar que as escolas eram apenas extensões do poder destes cavalheiros corruptos, onde nem nos explicavam devidamente o que era ou como funcionava o dinheiro, algo que tanto usávamos e apreciávamos, quanto mais fomentarem o interesse na leitura de livros iluminadores, libertadores e construtivos, salvo alguns professores excepcionais, que contra cortes e programas de doutrinação, lá tentavam executar o seu papel de mestres, mas que infelizmente, na sua maioria, nem eles próprios sabiam como éramos iludidos, não lhes ocorria que estávamos propositadamente dessincronizados com os ciclos humanos, da terra e universo, com esquemas tão simples como sermos forçados a utilizar um calendário de cobranças de impostos, que desmentia e disfarçava as energias da lua, terra, solstícios e equinócios e atribuía essa "magia" a entidades divinas referidas num qualquer livro religioso. Como poderiam esses adultos, mestres feitos e atribuídos indiscriminadamente, também eles vitimas da disseminação de erro do sistema de ensino prussiano, nos devidamente elucidar, iluminar ou tentar encaminhar para o nosso real desígnio?

 Saberei explicar a distração a que éramos sujeitos? O entretenimento que apelava ao mínimo denominador comum? Os programas de televisão real e a musica de 3 acordes com batidas freudianas? As drogas medicamente aconselhadas e o álcool socialmente distribuído? Os clubismos e futebolismos? E que nem compreendíamos quando estávamos a ser sujeitos a propaganda que permanentemente nos dividia e atiçava, relembrando e reforçando as nossas diferenças e relativizando as semelhanças, com o imperial intuito de dividir para reinar? Provavelmente, admitirei por fim, que apesar de nos considerarmos civilização moderna, afinal não éramos muito diferentes dos nossos antepassados do tempo do "panis et circus".

 Doloroso será relembrar que para muitos, esta ignorância geral, era também devida ao síndroma "Big Daddy", algo natural, humano, mas muito reforçado pelos auto-denominados amos, daquele estranho tempo, durante milénios. Uma condição que determina que tendencialmente abdicamos da nossa responsabilidade, para algo ou alguém que consideremos mais inteligente, superior, melhor, por vezes um Deus, um presidente ou rei, qualquer patriarcado que fizesse as vezes de nossos papás, um padre policia ou qualquer outra espécie de figura de autoridade, serviria. Permitíamos que essa entidade decidisse por nós, até contra os nossos interesses e família, desde que tivesse o cunho de autoridade. E muita atrocidade permitimos, por, e em nome dessa supremacia externa...

 Anseio poder ensinar que demorámos muito a perceber que havia uma minoria de humanos que não eram assim tão humanos, que por defeito congénito, trauma ou aprimoramento, não se regiam pelo procurar evoluir ou aplicar o bem comum, que muito apreciavam sentirem superioridade, que viviam para obter poder e forçá-lo, por domínio ou mero capricho, sobre os seus inferiores. Sócio-patas que teimávamos em não compreender que representavam 5% da população, que eram normalmente muito inteligentes, devido à dispensa de empatia e sentimentos em prol de racionalidade distorcida, doentes mentais que se haviam infiltrado e dominavam então a maioria dos centros de decisão, que por não se regerem pelo bem mas apenas pelo seu Ego e narcisismo, não decidiam para nós, mas eram muitas vezes os nossos lideres... 
 

 Sonho... Porque acordei, e tudo farei para criar esse amanhã e essa criança e certamente não estou só neste sonho...

  Assento esperança no natural conflito generacional  e na  incredulidade que vejo nos olhos desta nova geração, relativamente às respostas que obtêm. Novos seres, com acesso a toda a inteligência e sapiência humana possível de compilar, que nos fazem hoje, as mesmas perguntas que fizemos no passado, quando fomos enganados, mas desta feita, se não satisfeitos, têm as respostas à distancia de uma consulta na Internet

 Nunca as centrais de inteligência de nenhuma nação, haviam visto tantos e tão bem organizados movimentos de acção e informação, nunca tantos planos, propaganda e guerra foram tão expostos, criticados e não logrados por incapacidade de aglutinar a opinião publica. Nunca os meios de comunicação e seus jornalistas, letárgicos assalariados do corrupto poder instituído, até então a mais comum e popular forma de controlo mental das massas, haviam sido tão ignorados nas mensagens e conceitos que os seus detentores se esforçavam por disseminar.

 A Verdade estava disponível universalmente, usaram de contra informação e engodo, mas em vão... Os que acordavam desligavam agora as televisões e não compravam mais jornais.


  Foi na criação da Internet que depositaram a sua capacidade de comunicação e redundância, em caso de ataque às suas centrais de conhecimento, e ironicamente foi a Internet que no fim minou a supremacia destes detentores de conhecimento. Amos em forma de banca, estados, complexos e corporações, deparavam-se finalmente com a verdadeira humanidade, as suas lógicas e objetivos não ecoavam mais, as suas mentiras e seculares acções hediondas foram finalmente reveladas.
 Os homens souberam então que sempre foram subjugados e manipulados e exigiram o fim desses sistemas psicopatas de gestão humana, anónimos pediam representatividade, respeito e paz. Em resposta, foi à Internet que os lideres declararam guerra, declarando guerra à humanidade.
 
Certamente não estou só neste sonho...

Este mundo parece uma grande empresa familiar cujos administradores estão velhos e senis com alzheimer, e os restantes observam-nos enquanto assinam cheques, delapidam o seu futuro e se borram nas fraldas.


VIVA LA EVOLUCION

domingo, 27 de outubro de 2013

LOU REED 1942-2013 RIP

Compositor, cantor, guitarrista, líder dos Velvet Underground, Lou Reed, um dos mais inventivos e influentes criadores da música popular americana da segunda metade do século XX, morreu este domingo aos 71 anos em Long Island, Nova Iorque. As causas da morte ainda não foram divulgadas, mas é provável que não sejam alheias ao transplante de fígado a que o músico nova-iorquino se submeteu em Maio.
Os últimos 50 anos de música rock seriam algo bastante diferente sem ele, algo que só poderia dizer-se com idêntica propriedade de um conjunto muito restrito de músicos. No final dos anos 1960, com os Velvet Underground, Lou Reed, diz o seu obituário na revista Rolling Stone, “casou beleza e barulho, ao mesmo tempo que trazia toda uma nova honestidade lírica ao rock’n roll”.
Nascido em Brooklyn em 1942, Reed começou a compor canções no final do liceu, mas o percurso que o tornaria um ícone do rock só se inicia verdadeiramente quando conhece John Cale, um músico de formação clássica, natural do País de Gales, que chegara a Nova Iorque em 1963. Com Cale, Lou Reed funda a banda The Primitives, que tem algum sucesso em 1964 com o tema The Ostrich, uma paródia à música de dança.
Os The Primitives são depois rebaptizados The Warlocks. E quando se juntam ao grupo o guitarrista Sterling Morrison e o percussionista Angus Maclise, nasceu não apenas uma nova banda, mas, na opinião de alguns críticos, a melhor banda de rock de todos os tempos: os Velvet Underground. O grupo não teve grande sucesso comercial nos anos 1960, mas alguém já observou que muitos dos jovens que ouviram o seu álbum de estreia, em 1967, The Velvet Underground & Nico, correram a criar as suas próprias bandas.
Quase não há um tema nesse primeiro álbum, produzido por Andy Warhol, que não seja hoje um clássico da música pop, de I’m waiting for the man e Venus in furs a All tomorrow’s parties ou aos sete minutos de Heroin. O grupo durou pouco (Cale saiu logo em 1968), mas a sua influência perdura até hoje.
Com o fim dos Velvet em 1970, Reed parte para o Reino Unido, onde grava um disco com músicos dos Yes. Mas é com o disco seguinte, Transformer, produzido por David Bowie, que se torna uma estrela incontestável do firmamento rock. O tema Walk on the wild side torna-se um sucesso, mas o disco inclui outras canções justamente célebres, como Perfect day ou Vicious.
Nas décadas seguintes, Lou Reed vai sempre inovando, e muitas vezes driblando as expectativas dos seus fãs, num trajecto que inclui álbuns comoBerlin (1973), o experimentalista Metal Machine Music (1975), Blue Mask(1982), New Sensations (1984), New York (1989) ou o recente Hudson River Wind Meditations, de 2007. Lou Reed era casado desde 2008 com a compositora e música Laurie Anderson.

in 
PUBLICO

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

OOGWAY 3

ADEUS
Oogway
Foi o Nome que escolhi, inspirado na personagem de banda desenhada do filme PANDA KUNG FU, mestre oogway uma tartaruga mestre em artes marciais, foi a nossa prenda de anos do meu filho TOMÁS quando fez 4 anos, bem, tive de recorrer à magia dos adultos para num espaço de um ano e meio, mais ou menos, adoptar a dinastia Oogway, este já era o oogway 3, faleceu no passado dia 18/10/2013, tal como os seus antecessores, quando comprei a primeira tartaruga pensei, bem elas podem viver muitos anos e acompanhar o crescimento dos meus filhos, estava errado, ficamos agora somente com o SHIFU, outro mestre do mesmo filme, vamos ver como corre a sua viagem cá por casa, descansa em paz meu lindo ...






sábado, 19 de outubro de 2013

ZORBA SERRA

Uma nova aventura
Um novo companheiro, mais um elemento na família, já conquistou o carinho de todos e só faz parte das nossas vidas à uma semana ...
Come e dorme bem adora brincadeira, e responde muito bem aos ensinamentos ...
Bem vindo à família CABRAL PEDREIRA...

Aqui dorme ao lado do seu primeiro brinquedo presente dos tios Geninho e Ana
19/10/2013 Zorba com 2meses

sábado, 14 de setembro de 2013

URBANO TAVARES RODRIGUES 1923-2013

FIZESTE BEM ... ADEUS ...

Sim fizeste bem em partir. A tua grandeza já não cabia nesta sociedade tecnocrata e individualista que não compreendia a tua ânsia de liberdade como valor humano absoluto e indefetível, o teu erotismo de cunho estético e existencial, realizador dos corpos como o pensamento e a escrita são realizadores da alma, a tua infinita sede de justiça social como uma redenção profana da humanidade.
Sim fizeste bem em partir, já não devias ter paciência para escutar a elite que nos governa há dez anos a envergonhar-se do país, a qualificar a população de atrasada, rude, inculta, selvagem, preguiçosa, gastadora e a convidá-la a emigrar. Em breve, apelará aos idosos para morrerem o mais rápido possível para que as contas da segurança social fiquem equilibradas.
Sim fizeste bem em partir.
Adeus Urbano

Miguel Reis
JL

domingo, 25 de agosto de 2013

ECOLOGIA

Descobrimos que os sistemas das democracias  nacionais na Europa produziram uma elite governativa incompetente, venal e medíocre, não só  incapaz de estar à altura da crise sistêmica e complexa que enfrentamos, como, infelizmente, suficientemente inapta para a agravar com sucessivas " decisões ", à escala nacional e/ou europeia.
Só uma profunda iliterada política, isto é, a falta de preparação técnica mínima por parte de quem fez carreira política não a estudar as ciências da governação, mas na conspiração das seitas partidárias, é que explica a ausência de referências sérias, e, até mesmo, a hostilidade analfabeta ao federalismo. Ifilizmente, os políticos profissinais são bem acompanhados na superstição antifederalista por muitos intelectuais e acadêmicos europeus, que não hesitam em opinar sobre o que nunca estudaram. A agenda da renovação cívica e democrática na Europa é, deste modo, tão gigantesca quanto incontornável...


Viriato Soromenho Marques
JL

EL EFECTO

PEDRAS E SONHOS

http://www.youtube.com/watch?v=2G1pEVZs5Yo


Bota a cara lá fora e me conta o que o teu olho escolhe ver
Olha pra dentro agora e lembra do que convém esquecer
Corre porque aí vem ela
Quem? quem tem medo dela? (a ver-da-de)
Vem pra te lembrar
Tranca a porta e a janela.
Quem? quem se esconde dela? (a ver-da-de)
Sai da tua gaiola. me diz agora o que você vê
Sente na pele e chora. tarde demais pra esquecer.
Corre porque aí vem ela
Quem? quem tem medo dela? (li-ber-da-de)
Vem pra te lembrar
Tranca a porta e a janela.
Quem? quem se esconde dela? (li-ber-da-de)
Pedras são sonhos na mão
Voam na imensidão
Ideias que ganham vida e criam asas
Voam na imensidão
Meus sonhos, minha canção
Pedras e sonhos são nossas únicas armas
Pedras são sonhos na mão
Flores que brotam, brotam do chão
Se as pedras não voam os sonhos são em vão
Em tempos de escuridão
O sol se põe, se põe...
Mas se um dias as pedras cantam...
Se um dia as pedras cantam...
Se cantam as pedras os sonhos dançarão.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

VIDROS



Valerá a pena ser criador?
ter a chama e vontade intriseca a vida
de dar à luz, sujeito a avaliações
prematuras, recados pouco fundamentados ...

Vale sempre a pena, seja por um olhar de afeto,
uma mente desperta, um  sorriso
discreto, a luta só eleva o prazer
de saber sem receios, é na diferença
que descobrimos igualdades ...

Pepedrópo

segunda-feira, 22 de julho de 2013

SOLTOS




Querer ter tempo para 
o perder, é ser 
afortunado sem prazer ...
O tempo é aquilo que fazemos dele
é importante ter sentido 
de orientação, saber onde direcionar a
embarcação ...


Guarda só o importante 
reserva o espaço 
alguem acertará o tempo
prepara-te para perder 
se tens tensões de ganhar


O equilíbrio é o ponto 
de partida para infinita 
sensação de múltiplos orgasmos ...


Pepedrópo

segunda-feira, 15 de julho de 2013

NICOLAU SANTOS

"Com África no peito

E vamos andando
com África no peito

Já passaram três décadas
e há 7200 quilómetros de distância
mas não perdemos o jeito
...
Basta um merengue, um funaná,
uma morna, uma coladera

Basta um cheiro tropical
caju fresco, manga, mamão
óleo de dendém, jindungo

E lá vem África de novo

A África que nos entrou
pelos cinco sentidos
pelos sete buracos
da nossa cabeça

Pelo cheiro a terra molhada
pelo som da batucada
pelo sabor da muambada

Pela visão desse pôr-do-sol avermelhado
que não há em mais nenhum lado

E pelo meu olhar que segue
a tua pele negra de ébano

Por muita Europa que nos cerque
Há uma África que vive
e resiste
dentro de nós"

domingo, 30 de junho de 2013

MIA COUTO Prémio Camões 2013

Tudo o que tenho não tem posse:
o rio e suas ocultas fontes,
a nuvem grávida de Novembro,
o desaguar de um riso em tua boca.

Só me pertence o que não abraço.
Eis como eterno me condeno:
amo o que não tem despedida

MIA COUTO

Nem sempre leio, nem sempre gosto. Os artigos longos, palavrosos nem sempre convidam.
Mas o JL nem precisa de ser sempre bom. Tenho-o como um amigo de quem não se espera sempre o mais certo. Desses que sabemos o valor porque é único. e estamos prontos para o defender contra a possibilidade que ele se vá, extinto na maré das coisas efémeras.
O JL é, assim, um quase milagre, contrariando o tempo e os tempos .

MIA COUTO
JL


AUTO-RETRATO
O gato e o novelo

Sou um escritor africano de raça branca. Este seria o primeiro traço de uma apresentação  de mim mesmo. Escolho estas condições - a de africano e de descendente de europeus - para definir logo à partida a condição de potencial conflito de culturas que transporto. Que se vai " resolvendo " por mestiçagens sucessivas, assimilações e trocas permanentes. Como outros brancos nascidos e criados em África, sou um  ser de fronteira .

MIA COUTO
JL

sábado, 8 de junho de 2013

AS BIBLIOTECAS




As bibliotecas são como aeroportos. São lugares de viagem. Entramos numa biblioteca como quem está a ponto de partir. E nada é pequeno quando tem uma biblioteca. O mundo inteiro pode ser convocado à força dos seus livros . Todas as coisas do mundo podem ser chamadas a comparecer à força das palavras, para existirem diante de nós como matéria da imaginação. As bibliotecas são do tamanho do infinito e sabem toda a maravilha ...
Valter Hugo Mãe
JL

segunda-feira, 20 de maio de 2013

JEAN GIONO

Para que o caracter de um ser humano revele qualidades verdadeiramente excecionais, é preciso ter a sorte  de poder observar os seus atos durante muitos anos. Se esses atos forem desprovidos de todo o egoísmo, se o ideal que o conduz resulta de uma generosidade sem par, se for absolutamente certo que não procuram recompensa alguma e se, além disso, ainda deixam no mundo marcas visíveis, estamos então, sem sombra de dúvida , perante um caracter inesquecível...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

THOR AQUILINO 2006-2013

Sinto muito a tua falta meu lindo, meu companheiro, meu filho mais velho, estarás sempre entre nós, fiz o melhor que soube para seres aquilo que penso que foste sempre,















FELIZ, obrigado por tudo o que deste a esta família que também é a tua e sempre será ...
O MELHOR CÃO
Esperei trinta anos, é uma forma de dizer, sempre quis ter um cão desde pequeno, e tu foste tudo o que sempre sonhei e mais e mais OBRIGADO nunca irei esquecer o teu olhar quando sem palavras te dizia bom dia, ou boa noite, THOR o protector, o companheiro de trabalho, o irmão dos meus filhos, a vida ao longo destes teus sete anos de existência foi intensa e repleta de coisas boas, todos te dizemos vai com Deus meu querido, as tuas memórias ficarão para sempre ...

sábado, 4 de maio de 2013

terça-feira, 9 de abril de 2013

Nietzsche

"Aquele que luta com monstros
 deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro.
 Quando se olha muito tempo para um abismo,
 o abismo olha para você . "




domingo, 31 de março de 2013

Fernado Pessoa

“Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim…
do companheirismo vivido.


Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.


Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe… nas cartas
que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices…
Aí, os dias vão passar, meses… anos… até este contacto
se tornar cada vez mais raro.


Vamo-nos perder no tempo…

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?

Diremos… que eram nossos amigos e… isso vai doer tanto!

- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente…


Quando o nosso grupo estiver incompleto…
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.

E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.


Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo…

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades…


Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!”


Fernando Pessoa

sábado, 30 de março de 2013

MANDELA


A memória... homenageando um grande homem!

O Nelson Mandela está a perder a memória e não vai lembrar-se nunca mais de que é um homem sagrado. Morrerá anónimo para si mesmo, indiferente ao mundo e ao quanto ajudou cada um de nós. Vai desconhecer como foi perseverante, como conquistou a lucidez, não vai saber da sua inteligência superior ou da magnitude da sua beleza.

Leio a notícia enquanto atravesso uma extensa sala de casino em Macau. A alcatifa florida engana o chão. Julga o chão que é perfumado, que vive de alguma forma, que sonha. Pousam as mesas e as cadeiras onde os homens obstinados agem automaticamente, como máquinas de estender e recolher fichas. 
Ausentes. Sem nada dentro. Penso que estou num lugar com corpos sem nada dentro e que o Nelson Mandela ficará assim, ausente, uma máquina de si mesmo apenas para respirar mais um tempo, até não respirar.
 
Faltava comover-me em Macau, se é verdade que me ando a comover nas terras todas. Passei de olhos no jardim do chão, a fazer de conta que o jardim se levantava e que punha o mundo bonito para que a minha tristeza fosse acudida pela sensibilidade que nos inspiram as coisas bonitas, as coisas vivas. Queria que a vida aparente fosse efectiva. Que a vida se inventasse por um desenho, se criasse pela semelhança.

Somos todos ainda feitos dos mais absurdos preconceitos. Ainda vamos na primária quanto ao respeito e à aceitação. Somos horríveis para as diferenças, os diferentes, sem entendermos que para sermos iguais disfarçamos tudo, para parecermos iguais. Somos contra os gordos e os feios, os sensíveis e as mulheres, somos contra os pretos, os amarelos e os vermelhos, os de olhos em bico, os morenos, os muito brancos, as loiras, as crianças, os funcionários do McDonalds. Somos contra toda a gente. Metemos nojo.

Eu queria ser merecedor do Nelson Mandela. Queria que, se algum dia me tivesse visto, pudesse achar-me imperfeito sem tragédia. Apenas imperfeito e muita vontade de chegar onde ele chegou: ao lugar puro de sentir, de pensar. O lugar puro de se ser. Quem se objectiva por menos, pensa mal da oportunidade de viver.

Quando as notícias vierem dizer que o Nelson Mandela já não sabe quem é, tenhamos a fortuna de lho dizer e de o dizer a toda a gente e para sempre. Quem não tiver a fortuna de saber acerca do Nelson Mandela anda vazio dos bolsos da alma. Tem muito menos hipóteses de se engrandecer à altura da incrível ocasião de existir. Penso assim, que são homens como ele que apontam o quanto é incrível existir. O resto pode ser apenas aparente. Um casino de flores falsas e gente perdida para dentro da sua própria couraça.
 

Casa de Papel, crónica
Valter Hugo Mãe
revista 2, jornal Público, domingo, 24 de março de 2012.
A memória... homenageando um grande homem!

O Nelson Mandela está a perder a memória e não vai lembrar-se nunca mais de que é um homem sagrado. Morrerá anónimo para si mesmo, indiferente ao mundo e ao quanto ajudou cada um de nós. Vai desconhecer como foi perseverante, como conquistou a lucidez, não vai saber da sua inteligência superior ou da magnitude da sua beleza.

Leio a notícia enquanto atravesso uma extensa sala de casino em Macau. A alcatifa florida engana o chão. Julga o chão que é perfumado, que vive de alguma forma, que sonha. Pousam as mesas e as cadeiras onde os homens obstinados agem automaticamente, como máquinas de estender e recolher fichas.
Ausentes. Sem nada dentro. Penso que estou num lugar com corpos sem nada dentro e que o Nelson Mandela ficará assim, ausente, uma máquina de si mesmo apenas para respirar mais um tempo, até não respirar.

Faltava comover-me em Macau, se é verdade que me ando a comover nas terras todas. Passei de olhos no jardim do chão, a fazer de conta que o jardim se levantava e que punha o mundo bonito para que a minha tristeza fosse acudida pela sensibilidade que nos inspiram as coisas bonitas, as coisas vivas. Queria que a vida aparente fosse efectiva. Que a vida se inventasse por um desenho, se criasse pela semelhança.

Somos todos ainda feitos dos mais absurdos preconceitos. Ainda vamos na primária quanto ao respeito e à aceitação. Somos horríveis para as diferenças, os diferentes, sem entendermos que para sermos iguais disfarçamos tudo, para parecermos iguais. Somos contra os gordos e os feios, os sensíveis e as mulheres, somos contra os pretos, os amarelos e os vermelhos, os de olhos em bico, os morenos, os muito brancos, as loiras, as crianças, os funcionários do McDonalds. Somos contra toda a gente. Metemos nojo.

Eu queria ser merecedor do Nelson Mandela. Queria que, se algum dia me tivesse visto, pudesse achar-me imperfeito sem tragédia. Apenas imperfeito e muita vontade de chegar onde ele chegou: ao lugar puro de sentir, de pensar. O lugar puro de se ser. Quem se objectiva por menos, pensa mal da oportunidade de viver.

Quando as notícias vierem dizer que o Nelson Mandela já não sabe quem é, tenhamos a fortuna de lho dizer e de o dizer a toda a gente e para sempre. Quem não tiver a fortuna de saber acerca do Nelson Mandela anda vazio dos bolsos da alma. Tem muito menos hipóteses de se engrandecer à altura da incrível ocasião de existir. Penso assim, que são homens como ele que apontam o quanto é incrível existir. O resto pode ser apenas aparente. Um casino de flores falsas e gente perdida para dentro da sua própria couraça.


Casa de Papel, crónica
Valter Hugo Mãe
revista 2, jornal Público, domingo, 24 de março de 2012.

sexta-feira, 22 de março de 2013

ALERGIA




Sem palavras para descrever o que se previa
mais um, gesto de falta de educação
" o que o berço não dá a tumba não leva "
e é bem verdade quem é básico, das suas capacidades
e valores por mais que se vista bem 
borra sempre a pintura por palavras ou atitudes ...

Pepedrópo
21/03/13


sexta-feira, 8 de março de 2013

PORTUGAL DE SEMPRE

http://www.youtube.com/watch?v=t3bwfURSztA

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Parabéns meu filho





Cinco anos parece que foi ontem que te vi nascer, estas a ficar um homem, espero que ao longo da tua vida, que espero que seja longa e repleta de conquistas e descobertas, o teu sorriso se mantenha como hoje expontaneo natural infinito de luz e vida, quero muito que sejas feliz meu BAZARUCA .

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Altas horas

De que lado virá o sono?
qual será a sua corrente politica?
por vezes nem o sentimos chegar
e quando interrompido iniciamos a viagem com saudades ...
Saudades do estado inconsciente, o delírio, o conforto
de nada temer, quando muito em apuros
basta acordar ...
Quando o mundo dorme nasce


o embrião da criação ...











sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Mia Couto


*O PAÍS DO QUEIXA-ANDAR*


*A Porta*

Era uma vez uma porta que, em Moçambique, abria para Moçambique. Junto da
 porta havia um porteiro. Chegou um indiano moçambicano e pediu para passar.
 O porteiro escutou vozes dizendo:
-* Não abras! Essa gente tem mania que passa à frente!*
 E a porta não foi aberta. Chegou um mulato moçambicano, querendo entrar. De
 novo, se escutaram protestos:
 - *Nao deixa entrar, esses não são a maioria.*

Apareceu um moçambicano branco e o porteiro foi assaltado por protestos:
*-Não abre! Esses não são originais!*
 E a porta não se abriu. Apareceu um negro moçambicano solicitando passagem.
 E logo surgiram protestos:

*- Esse aí é do Sul! Estamos cansados dessas preferências...*

E o porteiro negou passagem. Apareceu outro moçambicano de raça negra,
 reclamando passagem:

*- Se você deixar passar esse aí, nós vamos-te acusar de tribalismo!*

O porteiro voltou a guardar a chave, negando aceder o pedido.

Foi então que surgiu um estrangeiro, mandando em inglês, com a carteira
 cheia de dinheiro. Comprou a porta, comprou o porteiro e meteu a chave no
 bolso.

Depois, nunca mais nenhum moçambicano passou por aquela porta que, em
 tempos, se abria de Moçambique para Moçambique.



  Mia Couto

domingo, 20 de janeiro de 2013

Pronto para caminhar...



Com o fim de um e o começo de um novo ano, os dados lançam-se outra vez, na esperança, com objetivos, de trilho novo.
Mas o Ar está repleto de insatisfação, desespero de respirar dias desafogados, por um lado o presente retira qualidade de vida, tristemente, mesmo aos que já em tempo de reforma, no passado lhes foi retirado para usufruir no futuro, que é o presente para muitos, INCONSTITUCIONAL, pois é mas está a ser feito, mas o estrume não se fica por aqui, seria bom, mas a cada nova medida, nasce uma retificação um pedido de desculpas, um remendar infantil pouco perceptível, uma tentativa de ajustar trampa com lixo, sem solução para quem já vive com muita dificuldade ...
Este regime democrático tem que CAIR, para dar espaço a um NOVO, do zero ...
Não importa muito a cor politica, neste país os políticos têm todos ligações sangue, interesse, rabos de palha, e métodos de cometer crimes sem punição, teria de ser do ZERO, sem os AMIGOS dos amigos, colocar no fundo de desemprego este loby que sorri há muitas décadas, ajustar a política nacional as restrições da comunidade Europeia, sem corda ao pescoço, mediante as possibilidades do país.
Por outro lado a legião BRANDOS COSTUMES tem que se desligar do padrão consumo, importado pelo papão USA, banir as futilidades televisivas, encarar o desporto como desporto e não como escape de limitações de horizontes e sentimentos, menos lamento e mais acção, travar esta castração de viver com dignidade, os mais novos agora nos primeiros anos de vida não têm que ser privados de sorrir, por terem fome e frio, já basta o que é hoje em dia globalmente inevitável, devido ao avanço e ao progresso, à poluição e ao desleixo, que é sentir o planeta a lançar avisos de alerta, de saturação, as catástrofe naturais vão sendo cada vez mais frequentes, e em locais e climas cada vez mais improváveis, a terra já diz à algum tempo BASTA, é bom dar ouvidos a este grito ...
Por fim continuo a depositar no AMOR a minha maior esperança, apesar de constatar que em sociedade o ser humano vive carente de afetos, mas como não se sabe dirigir da melhor forma ao seu semelhante, na maior parte dos casos do sexo oposto, outras não, prefere fingir que o prélio, o descredito no amor, o falso agir revelando aos quatro ventos, que só é mais forte, melhor, prevalecem na maioria das maiorias, deixando para traz um rasto de VAZIO, crescem os serviços de contacto sem contacto, ilude-se o individuo distante que está perto, à rapidez de um LIKE, mas como é tudo tão virtual, as consequências também são, e como nem os sucessivos governos possuem vergonha da mentira, dos abusos, do diz que disse sem fundamento, o POVO vai se sentindo confortável com a FARSA  geral ...
Estamos cá para relatar, viver e lutar por um futuro melhor ...
Bom ano para todos.

Pepedrópo

sábado, 19 de janeiro de 2013

Não dá para acreditar ...

Acabar com o câmara clara, que Paula moura pinheiro faz tão bem, e é o melhor programa do género da televisão portuguesa, é uma vez mais negar o serviço público;  E mostra a cegueira e ou os interesses  em várias sentidos, de quem manda numa RTP a caminhar para o precipicío ...
Juntamente com a câmara clara, também terminou o programa de divulgação musical TOP +, era o programa mais antigo da televisão pública, a seguir ao telejornal, com 20 anos de existência ...


JL

sábado, 12 de janeiro de 2013

E AGORA O QUE VAMOS FAZER




Pensamentos pairam sobre a atmosfera tensa,
fruto do presente inconstante, para uns
inexistente de alegrias, ou boa nova que
mude a tendência, deste circular
de brandos costumes, hoje é direita
antes foi esquerda gozam de pouca diferença ...


Pepedrópo
06/11/12

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PARABÉNS MINHA FILHA





Que a alegria seja o prato diário da tua vida minha princesa, és a mais linda do pai e parece que foi ontem que te vi nascer e já falas já queres dominar o mano, respondes torto ao papa quando não te faço as vontades, enfim a vida é sempre mais bonita e completa com as desventuras do filhos, quero muito ser o melhor pai para ti CURIBURY ...

06/001/2013