Muito do que eu faço Não penso, me lanço sem compromisso.
Vou no meu compasso Danço, não canso a ninguém cobiço.
Tudo o que eu te peço É por tudo que fiz e sei que mereço
Posso, e te confesso.Você não sabe da missa um terço
Tanto choro e pranto A vida dando na cara
Não ofereço a face nem sorriso amarelo Dentro do meu peito
uma vontade bigorna Um desejo martelo
Tanto desencanto A vida não te perdoa Tendo tudo contra e nada me transtorna
Dentro do meu peito um desejo martelo Uma vontade bigorna
Vou certo De estar no caminho Desperto.
LENINE
terça-feira, 29 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
FADO NA UNESCO
Uma canção do mundo, chamam-lhe canção de Lisboa, mas há muito que é cantada em todo o país, sendo o único género verdadeiramente nacional*, e mesmo no estrangeiro.
se a UNESCO, na reunião de 22 a 29 Novembro 2011, aprovar a candidatura, o fado poderá ser oficialmente designado como " canção do mundo " ....
Bem desculpem-me os mais sensíveis nacionalistas e apoiantes de catálogos, a única coisa que consigo dizer, é :
Porquê o fado?
E o Vira?
As vozes do Portugal esquecido?
Não tenho nada contra o fado, pelo contrario, mas para mim a UNESCO, não é o veiculo mais viável para a divulgação de um género musical, seja ele de origem Chinesa, Russa ou Portuguesa ...
As gavetas ( rótulos ) são para as meias e as garrafas ...
pepedrópo
* Será?
terça-feira, 22 de novembro de 2011
ECOLOGIA
A profunda falta de liderança política que varre o mundo, e cujo face mais visível é a crise económica e financeira, para cujo vórtice Portugal e outros países se deixam arrastar, não nos deve fazer esquecer que o sistema terra continua sofrer, com completa indiferença pelos nossos interesses e preocupações humanos, a sua acelerada mudança, que vai do clima à biosfera ...
Viriato Soromenho Marques
JL
domingo, 13 de novembro de 2011
ANTÓNIO LOBO ANTUNES
" Julgo que herdei essa admiração do meu pai, para quem os três valores fundamentais eram a coragem, o rigor e a ausência de mentira . "
" Ensurdecer foi socialmente uma chatice e literalmente uma bênção"
" Ainda estou a aprender a escrever estes livros que faço. É a minha única preocupação ."
António Lobo Antunes
ao JL
" Ensurdecer foi socialmente uma chatice e literalmente uma bênção"
" Ainda estou a aprender a escrever estes livros que faço. É a minha única preocupação ."
António Lobo Antunes
ao JL
Poemas Novos e Velhos
Tempo houve
quando ainda havia tempo
em que a morte estava perto
podia sabê-la
no desconhecido
dos corpos que eu fosse
por não serem meus
no sabor a mar
dos ventres pulsando
no sangue e no mosto
de quando o deserto
que quase já sou
na sombra que seja
do que não serei
nos colocava em rios
e fonte e a foz
sem morte e sem tempo
sem perto nem longe
sem mim e sem ti
de mim para ti
de ti para mim
a dar tempo à morte
no tempo que sobra
do nada que é tudo .
HELDER MACEDO
quando ainda havia tempo
em que a morte estava perto
podia sabê-la
no desconhecido
dos corpos que eu fosse
por não serem meus
no sabor a mar
dos ventres pulsando
no sangue e no mosto
de quando o deserto
que quase já sou
na sombra que seja
do que não serei
nos colocava em rios
e fonte e a foz
sem morte e sem tempo
sem perto nem longe
sem mim e sem ti
de mim para ti
de ti para mim
a dar tempo à morte
no tempo que sobra
do nada que é tudo .
HELDER MACEDO
O RETORNO
O retorno de Dulce Maria Cardoso
«Os retornados que conheço e de que posso falar foram os mais injustiçados. Os bem-sucedidos seriam bem-sucedidos em qualquer parte do mundo porque eram pessoas muito fortes e capazes. A maior parte não foi muito bem-sucedida, só que dos fracos não reza a História. [...] Pensei numa proposta de reflexão sobre a perda, sobre o que terá sido o colonialismo, nas suas raízes mais subterrâneas. [...] Nunca deixei de ser uma retornada.»
Dulce Maria Cardoso
«Os retornados que conheço e de que posso falar foram os mais injustiçados. Os bem-sucedidos seriam bem-sucedidos em qualquer parte do mundo porque eram pessoas muito fortes e capazes. A maior parte não foi muito bem-sucedida, só que dos fracos não reza a História. [...] Pensei numa proposta de reflexão sobre a perda, sobre o que terá sido o colonialismo, nas suas raízes mais subterrâneas. [...] Nunca deixei de ser uma retornada.»
Dulce Maria Cardoso
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
PARA LÁ DAS NOSSAS MÃOS
Por vezes temos quase certeza, que o mundo e seus apêndices, poder ião caber nas nossas mãos ...
Por outro lado em situações diferentes temos absoluta convicção que existe um infinito que nos escapa ...
É importante abraçar inúmeras coisas, mas sempre com noção que nós somos apenas isto que somos, nem mais nem menos, em redor de muitos outros ...
Pepedrópo
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