quarta-feira, 19 de outubro de 2016

E AGORA COMO DORMIR ?...



Olho para o céu agora escuro, como olhei quando o sol ainda brilhava, e os fantasmas do passado apareceram, sem pré aviso, como é habitual, estou ainda a pensar como irei digerir este prato, que por melhor que seja a cozinheira, é sempre servido frio.
Falo com Deus, e quase grito para proteger quem amo, pois de sofrimento e dor está o inferno cheio, gostava de ter o poder de com um gesto realizar um milagre, acabar com a fome acabar com a guerra e viver em amor, cresci a ouvir esta melodia, não tenho culpa de gostar tanto dela, a minha terra é linda como uma flor, Ouro negro.
Acredita meu irmão estou contigo de uma forma tão intensa que nem consigo dormir, morro uns minutos no sofá, quando o corpo é mais fraco que a mente, mas acordo em sobressalto, como se apenas fosse possível te proteger acordado, e estarei o tempo que for preciso acordado para o fazer.
Do meu coração saem milhares de boas vibrações espero em Deus que seja o suficiente para te ver feliz, em família, como devemos todos de estar UNIDOS jamais seremos vencidos, que a paz esteja convosco, ele está no meio de nós, em nome do pai do filho do espírito santo amem.
Desculpa as minhas lágrimas, não estou descrente de um futuro brilhante, tenho medo, como Jesus teve antes de ficar em paz, mas deste medo, farei a minha/ nossa força, e irá correr tudo bem tenho fé muita fé, sou incapaz de magoar alguém, mesmo quando me querem mal, espero sempre ser atacado para responder, por isso penso ter o direito de pedir, falar contigo assim, O meu Deus protege o meu irmão, poupa-o de mais sofrimento, eleva a sua existência com essa maravilha que é a dádiva da vida eu te peço eu te imploro, aguardo os teus desígnios paciente, crente, lutando por uma luz uma raio de felicidade.
Em silêncio oiço, oiço a tua voz, o meu desejo, estou como estarei sempre ao teu lado.
FORÇA FORÇA FORÇA FORÇA      

domingo, 16 de outubro de 2016

BRAVO, COMO SEMPRE BRILHANTE.




Como já escrevi sete romances, o que gostaria era de ter um filho. Até digo mais, sabendo hoje o que sei, trocava os meus sete romances por um filho. Quem não tem romance e tem filho tem a obrigação de ser mais feliz que eu.
Não é efectivamente possível imaginar que um autor possa contentar-se com o que fez. Pode estar apaziguado com o livro, mas satisfeito não. Aí é um autor morto.
Talvez tenha que ver com a minha avidez pela poesia, um género que não se conforma com repetições ou parecenças, antes exige universos muito definidos, únicos e irrepetíveis.
É  de tal maneira cruel que muitos dos bons autores são lembrados por um ou dois poemas. Ninguém quer saber da obra completa porque ele supera-se numa só linha, daí que essa escola me traga necessidade de superação. Não concebo escritores de livros de pura narração sem precisarem de emanações irregulares e insuperáveis.
As montanhas são tendencialmente selvagens, e lugares sem deturpação humana são lugares elevados, há uma sacralização da elevação como algo a que o homem não tem o direito porque é verdadeiramente território dos deuses, onde só o esplendor da liberdade da natureza se impõe.
- Recordo a praga que Saramago lhe lançou ao dizer que o seu livro era um " tsunami literário ", ou seja, a precisar de réplicas?
- É o melhor dos elogios, mas é também um pontapé no rabo porque impõe uma responsabilidade. Tenho uma fotografia muito bonita com o Saramago, onde estou de olhos fechados e ele tem o seu dedo esticado a tocar-me no peito, como se indicasse o coração. Lembro-me do que dizia quando nos fizeram essa fotografia : " nunca obedeças ao que te vão pedir e nunca sejas igual, segue sempre a tua pulsão. " ....



Valter Hugo Mãe
em Diário de Notícias

ARTE DE SER ARTE, PARA QUE SERVE ...



Continuamos a desconfiar daquilo que nos entretém e que, em última análise, nos dá prazer. A arte não tem, normalmente ( há sempre excepções na arte, que é muito avessa a definições ), um fio utilitário ou de entretenimento ou de lucro.
Isso não move o criador ( apesar de ter movido Cervantes que quis, com o Quixote, escrever um best-seller ).
Não quer dizer que uma obra de arte não tenha como consequência ou acidente as características que mencionei acima.
Havia quem desmaiasse a ouvir Sartre, mas isso jamais seria um motivo para contrariar a sua ideia de que fomos fadados para a liberdade. Kurt Vonnnegut disse, certa vez, que a missão plausível da arte seria fazer com que a vida fosse minimamente aceitável. Então, pediram-lhe exemplos de artistas que o tivessem feito. Ele respondeu : os Beatles.


Afonso Cruz
em JL

A VIZINHANÇA E O REI ...


Fiquei sempre com a ideia de que Roberto Carlos serve de inspiração a casamentos, nunca a relações safadas, menos longas ou comprometidas, ele é símbolo dos que perduram e cuidam de filhos e netos. Como se viesse, efectivamente de dentro da Bíblia. Um cantor para famílias convencionais e, sobretudo, esposas arrumadeiras.
À minha vizinha, eu sei, dá-lhe alegria da primavera porque vêm os filhos, a irmã, sei lá quem mais, do estrangeiro. Hão de voltar em breve para dar abraços e ter pena. E, para aprender a pena, já ouve Roberto carlos, essa quase insuportável tristeza que pertenceu a quase todas as infâncias e de que não nos livramos, por mais Brahms que entornemos orelhas adentro. É o tempo dos emigrantes  chegando, como se fosse um tempo dos antigos de volta. O mesmo tempo outra vez. Para fazer de conta que não se perdeu nada, sobretudo, para fazer de conta que não se perdeu ninguém ....


Valter Hugo Mãe
em JL

sábado, 15 de outubro de 2016

MUITO BEM DITO ...


Primeiro, escolhemos a música. Porque nos faz mexer o corpo e sacudir a alma, porque fomos a um concerto que nos deixa de boca aberta, porque ser músico é ser fixe e ser fixe é muito importante em idades pueris ( e não só ), ou então porque sim, porque nos apetece.
Depois, passados os níveis de tortura inicial que implicam longas horas a martelar notas que grasnam em vez de soar, quando estamos a pensar que nunca iremos sair do pântano lamacento dos bem intencionados, mas mal- calhados, eis que um dia sentamo-nos, estendemos os dedos ou abrimos a boca, consoante o instrumento de eleição, e aquelas notas que até ai nos foram emprestadas saem como se tivessem sido inventadas por nós, naquele preciso segundo. E nós, músicos esforçados que suaram para ganhar a distinta honra de poder fazer da musica a sua forma de expressão, percebemos que, finalmente, aquilo para que trabalhámos aconteceu: A música escolheu-nos.
Há claro, os outros, os que saltam este pro forma e que não têm hipótese de escolha, porque já nasceram escolhidos. O dom veio-lhes de berço, como um título nobiliárquico.
E foi assim que nasceu Filipe Melo, em berço de tercinas ...


Ana Bacalhau
 em JL

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

CAFÉ



Através de um artigo/bebida, simples
o Homem, conseguiu, exteriorizar toda
a sua loucura, e procura infinita de insatisfação e
insegurança ...
Curto, longo, pingado, com leite, com água fria, escaldado,
chávena fria ou quente, sem princípio, duplo, Italiana, " Siciliana ",
descafeinado, e carioca ;
Posso ter-me esquecido de algum,
mas tenho orgulho em
pedir simplesmente
um café ...
Com alegria e comédia, dizendo, e fazendo a minha cara
de " louco " :
- O que a máquina der por favor ...
E alguém sabe o porquê de se chamar Bica,
Porquê ?
Beba Isto com Açúcar.  
Para quem gosta de agri e doce, ou mesmo
de vinagre, café ;
Um café por favor ! ...

pepedrópo

QUEREMOS PAZ, QUEREMOS UMA VIDA MELHOR PARA O NOSSO POVO ...



Photo de :
Sérgio Godset Godinho