À minha vizinha, eu sei, dá-lhe alegria da primavera porque vêm os filhos, a irmã, sei lá quem mais, do estrangeiro. Hão de voltar em breve para dar abraços e ter pena. E, para aprender a pena, já ouve Roberto carlos, essa quase insuportável tristeza que pertenceu a quase todas as infâncias e de que não nos livramos, por mais Brahms que entornemos orelhas adentro. É o tempo dos emigrantes chegando, como se fosse um tempo dos antigos de volta. O mesmo tempo outra vez. Para fazer de conta que não se perdeu nada, sobretudo, para fazer de conta que não se perdeu ninguém ....
Valter Hugo Mãe
em JL
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