sábado, 15 de fevereiro de 2014

SERÁ


"Click & Luto"

Uma relação entre duas pessoas tanto pode terminar por acordo mútuo como pode ser um a tomar a iniciativa, e esse alguém pode ser o homem ou a mulher (estou a falar exclusivamente - neste caso concreto - de relações heterossexuais).
As razões que levam ao fim de uma relação podem ser variegadas, mas as mais comuns são o desgaste da relação e a mudança de parceiro.
Eu argumento que quer num caso como no outro, embora possam existir razões válidas para ambos - homem e mulher - tomarem uma decisão, o que defendo é que no geral podem detectar-se diferenças entre o procedimento do homem e da mulher perante essas situações.
O homem é mais "básico" e "simples" quando toma uma decisão de ruptura e normalmente não existe nada de "transcendente" na sua decisão: "a outra é mais boa e gira" ou "aquela tem mais grana" ou "a minha mulher é uma chata do caraças" e, então, terminam a relação (embora eu acredite que a maior parte das vezes é a mulher a terminar a relação).
Já a mulher é mais "complexa" e "pragmática" quando decide pôr fim a uma relação e esta decisão pode passar por coisas tão diferentes e metafísicas como "ele não me respeita" ou "é insensível" ou "não suporto mais a sua indiferença".
Mas, independentemente das razões que levam ao fim de uma relação, o que se passa a seguir, é que é o busílis da questão.
Mal um homem se vê rejeitado e a sua relação extinta, a sua primeira reacção é encontrar o mais rapidamente possível outra mulher ou várias, tornando-se assim num caçador em busca de uma nova "presa".
Já a mulher costuma ser mais ponderada e geralmente, recolhe-se e faz aquilo que se chama em termos relacionais, de "luto". E para que serve esse "luto"? Serve para esquecer e tirar da cabeça o seu anterior parceiro. E isto mesmo que seja ela a terminar a relação. É como se ficassem ainda vestígios do seu amor pelo antigo companheiro e, precisam de um tempo de reflexão para primeiro o esquecerem de vez e só então estão preparadas para estabelecer novo contacto com um outro parceiro, que geralmente demoram bastante tempo a encontrar.
No caso dos homens, estes ao escolherem o caminho do "vale tudo", tem como consequência, acordarem no dia seguinte com alguém que, ao olharem de manhã para a cara que repousa na almofada ao seu lado, apetece-lhes dizer: "que fui fazer outra vez?" e passam para outra e outra e outra, até que finalmente lá acabam por arranjar alguém para se fixarem.
Já as mulheres podem passar anos sem arriscar meterem-se de novo noutra relação. "Analisam", "pesquisam", "estudam" em pormenor, aquele que poderá vir a ser o seu novo parceiro, evitando assim, a cena do "quem fui meter aqui na cama hoje"...
Se for uma mulher a terminar com o homem e este gostar ainda dela e passados uns tempos ela voltar a querer relacionar-se com ele, ele depressa a aceita de volta sem grandes questões ou problemas.
Já se for um homem a terminar com uma mulher e esta ainda gostar dele e, por alguma razão, o homem passado um tempo resolver voltar à relação só porque, por exemplo, não resultou bem a relação que teve com a nova parceira, a sua antiga companheira pode não ir na "conversa". E, como disse, ela ainda podia gostar dele quando ele terminou com ela...
E isto, tem a ver com aquilo que eu intitulo de "Click & Luto" da parte da mulher.
A mulher a quem o homem termina a relação para por exemplo, passar para outra mulher, tem de passar por um tempo de "luto". Esse "luto" tem dois objectivos: um é esquecer o parceiro e o outro, muito mais esotérico, é o da "transferência".
Em que consiste essa "transferência"?
Muito simples: ficam a "listar" mentalmente tudo o que de mal o companheiro tinha, sendo que para isso, se "esquecem" completamente de ver o lado delas na questão, ou seja, ignoram tudo de mal ou de mau que elas fizeram na relação e concentram-se afincadamente em "desflorar" todo o mal do seu antigo amante: "ele era um porco" ou "ele tratou-me como um cão" ou "deixou-me por aquela cadela"...
E, depois desse período de luto, dá-se o famoso e já mítico "click".
O que é o "click"?
O "click" é o ponto final parágrafo na existência do "outro". Ele - o antigo parceiro - torna-se invisível; inexistente; vácuo masculino...
Depois do "click" não há retorno. Não sei se é uma questão de orgulho ou de se mentalizarem que o "outro" é "mau" ou se é, e é nisto que eu acredito que aconteça mais, um "desligar"... Um "off" mental semelhante ao de uma lavagem cerebral, de quem não se lembra mais de quem é o outro.
O antigo parceiro, a quem não correu bem a sua nova relação e que julga vai regressar para os braços daquela que sempre o amou, apanha com um "muro" de "indiferença" tal, que é como se fossemos "fulminados" por uma mina de desprezo.
Ao contrário da mulher, o homem não tem "click & luto", mas sim uma coisa mais parecida com "estratagemas & técnicas". "Estratagemas", são por exemplo, ir para a cama com a melhor amiga da antiga parceira e as "técnicas" podem ser, por exemplo, irem para a cama com tudo o que mexa e tenha saias...
Como conclusão deste meu raciocínio, diria que, a mulher "esquece" mas não "perdoa", enquanto o homem "perdoa" mas não "esquece".
@[1157367950:2048:Vítor Rua], 2014
"Click & Luto"

Uma relação entre duas pessoas tanto pode terminar por acordo mútuo como pode ser um a tomar a iniciativa, e esse alguém pode ser o homem ou a mulher (estou a falar exclusivamente - neste caso concreto - de relações heterossexuais).
As razões que levam ao fim de uma relação podem ser variegadas, mas as mais comuns são o desgaste da relação e a mudança de parceiro.
Eu argumento que quer num caso como no outro, embora possam existir razões válidas para ambos - homem e mulher - tomarem uma decisão, o que defendo é que no geral podem detectar-se diferenças entre o procedimento do homem e da mulher perante essas situações.
O homem é mais "básico" e "simples" quando toma uma decisão de ruptura e normalmente não existe nada de "transcendente" na sua decisão: "a outra é mais boa e gira" ou "aquela tem mais grana" ou "a minha mulher é uma chata do caraças" e, então, terminam a relação (embora eu acredite que a maior parte das vezes é a mulher a terminar a relação).
Já a mulher é mais "complexa" e "pragmática" quando decide pôr fim a uma relação e esta decisão pode passar por coisas tão diferentes e metafísicas como "ele não me respeita" ou "é insensível" ou "não suporto mais a sua indiferença".
Mas, independentemente das razões que levam ao fim de uma relação, o que se passa a seguir, é que é o busílis da questão.
Mal um homem se vê rejeitado e a sua relação extinta, a sua primeira reacção é encontrar o mais rapidamente possível outra mulher ou várias, tornando-se assim num caçador em busca de uma nova "presa".
Já a mulher costuma ser mais ponderada e geralmente, recolhe-se e faz aquilo que se chama em termos relacionais, de "luto". E para que serve esse "luto"? Serve para esquecer e tirar da cabeça o seu anterior parceiro. E isto mesmo que seja ela a terminar a relação. É como se ficassem ainda vestígios do seu amor pelo antigo companheiro e, precisam de um tempo de reflexão para primeiro o esquecerem de vez e só então estão preparadas para estabelecer novo contacto com um outro parceiro, que geralmente demoram bastante tempo a encontrar.
No caso dos homens, estes ao escolherem o caminho do "vale tudo", tem como consequência, acordarem no dia seguinte com alguém que, ao olharem de manhã para a cara que repousa na almofada ao seu lado, apetece-lhes dizer: "que fui fazer outra vez?" e passam para outra e outra e outra, até que finalmente lá acabam por arranjar alguém para se fixarem.
Já as mulheres podem passar anos sem arriscar meterem-se de novo noutra relação. "Analisam", "pesquisam", "estudam" em pormenor, aquele que poderá vir a ser o seu novo parceiro, evitando assim, a cena do "quem fui meter aqui na cama hoje"...
Se for uma mulher a terminar com o homem e este gostar ainda dela e passados uns tempos ela voltar a querer relacionar-se com ele, ele depressa a aceita de volta sem grandes questões ou problemas.
Já se for um homem a terminar com uma mulher e esta ainda gostar dele e, por alguma razão, o homem passado um tempo resolver voltar à relação só porque, por exemplo, não resultou bem a relação que teve com a nova parceira, a sua antiga companheira pode não ir na "conversa". E, como disse, ela ainda podia gostar dele quando ele terminou com ela...
E isto, tem a ver com aquilo que eu intitulo de "Click & Luto" da parte da mulher.
A mulher a quem o homem termina a relação para por exemplo, passar para outra mulher, tem de passar por um tempo de "luto". Esse "luto" tem dois objectivos: um é esquecer o parceiro e o outro, muito mais esotérico, é o da "transferência".
Em que consiste essa "transferência"?
Muito simples: ficam a "listar" mentalmente tudo o que de mal o companheiro tinha, sendo que para isso, se "esquecem" completamente de ver o lado delas na questão, ou seja, ignoram tudo de mal ou de mau que elas fizeram na relação e concentram-se afincadamente em "desflorar" todo o mal do seu antigo amante: "ele era um porco" ou "ele tratou-me como um cão" ou "deixou-me por aquela cadela"...
E, depois desse período de luto, dá-se o famoso e já mítico "click".
O que é o "click"?
O "click" é o ponto final parágrafo na existência do "outro". Ele - o antigo parceiro - torna-se invisível; inexistente; vácuo masculino...
Depois do "click" não há retorno. Não sei se é uma questão de orgulho ou de se mentalizarem que o "outro" é "mau" ou se é, e é nisto que eu acredito que aconteça mais, um "desligar"... Um "off" mental semelhante ao de uma lavagem cerebral, de quem não se lembra mais de quem é o outro.
O antigo parceiro, a quem não correu bem a sua nova relação e que julga vai regressar para os braços daquela que sempre o amou, apanha com um "muro" de "indiferença" tal, que é como se fossemos "fulminados" por uma mina de desprezo.
Ao contrário da mulher, o homem não tem "click & luto", mas sim uma coisa mais parecida com "estratagemas & técnicas". "Estratagemas", são por exemplo, ir para a cama com a melhor amiga da antiga parceira e as "técnicas" podem ser, por exemplo, irem para a cama com tudo o que mexa e tenha saias...
Como conclusão deste meu raciocínio, diria que, a mulher "esquece" mas não "perdoa", enquanto o homem "perdoa" mas não "esquece".
Vítor Rua, 2014

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