segunda-feira, 6 de maio de 2019

Dulce Maria Cardoso

A nossa identidade é muito fluída.
Não sabemos quem somos
e é o olhar do outros que a confere.
Não me interessam muito as
coisas espectaculares, nem
extraordinárias, nem grandiosas.
Todo o meu trabalho se faz
dentro da intimidade,
debaixo da capa da normalidade escondem-se
coisas terríveis, essa é a grande armadilha.
O telemóvel tornou-se outro cérebro e coração,
temos nele a nossa vida. na verdade a mudança está caótica, e quem ordena
no caos?
Como estamos distraídos as forças do mal estão
a tirar partido disso.
Pela primeira vez na história mundial temos presidentes eleitos
à revelia de partidos e da comunicação social.
A Internet é um instrumento não um fim, revolucionou as
nossas vidas, tal como no passado a electricidade.
Vivemos tempos de demência social, e a solidão
é a palavra de ordem, e não é só por causa do telemóvel,
perdemos a noção do colectivo, a experiência é cada vez
mais individualizada, só vemos filmes no computador
pessoal, e ouvimos musica nos ocultadores/ auriculares,
estamos sempre em vários lugares ao mesmo tempo
e na verdade não estamos em nenhum...

Dulce Maria Cardoso
JL
   

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