quinta-feira, 27 de março de 2014
A IDADE DO FERRO
Poder-se-á dizer de todo o meu trabalho, cada escultura é um fotograma de um enorme filme que um dia se completará, ou não .
Não nasci para ser um mestre, mas para ser sempre um aprendiz, não trabalho para mim próprio, a arte como a concebo é quase um serviço para os outros. O que faço é construir uma escultura e um sítio para ela, tudo o resto deixo a quem vê.
Vale a pena ver exposições pelas quais é preciso lutar, obras de arte que não sejam fáceis, que não se ofereçam.
Na minha exposição, não vão entrar 300 mil pessoas ao fim de semana . A porta do meu trabalho é demasiado estreita para isso, mas não tem problema, porque a arte não é para todos.
As estratégias de popularização e massificação de arte convêm a quem quer manter um publico na ignorância.
Por vezes chega a ser uma imagem embaraçosa e grotesca, mas, o que podemos fazer numa sociedade que preza mais a quantidade do que a qualidade?
se tudo for cantabilizado pelo número de espectadores e as quantidades de dinheiro envolvidos, não estamos a falar de arte, mas de espetáculo, de sensacionalismo, de economia, de números, tal como o futebol ou na televisão.
Para mim, o , mais importante não é a quantidade de espectadores, basta haver um que seja tocado por uma obra de arte estará salva e poderá continuar a existir ...
RUI CHAVES
JL
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