domingo, 13 de novembro de 2011

Poemas Novos e Velhos

Tempo houve
quando ainda havia tempo
em que a morte estava perto
podia sabê-la
no desconhecido
dos corpos que eu fosse
por não serem meus
no sabor a mar
dos ventres pulsando
no sangue e no mosto
de quando o deserto
que quase já sou
na sombra que seja
do que não serei
nos colocava em rios
e fonte e a foz
sem morte e sem tempo
sem perto nem longe
sem mim e sem ti
de mim para ti
de ti para mim
a dar tempo à morte
no tempo que sobra
do nada que é tudo .

HELDER MACEDO

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